Comunidades da Baixada Maranhense exigem a soltura de presos políticos e a retirada de cercas criminosas

Comunidades da Baixada Maranhense exigem a soltura de presos políticos e a retirada de cercas criminosas

Reproduzimos na íntegra o texto divulgado pelo site Diário de Luta sobre a manifestação ocorrida no Maranhão no último dia 14 de novembro em defesa da liberdade dos presos políticos do governo reacionário de Flávio Dino/PCdoB.


Fotos: Diário de Luta

COMUNIDADES DA BAIXADA MARANHENSE TOMAM AS RUAS E EXIGEM DO GOVERNO FLÁVIO DINO A RETIRADA IMEDIATA DAS CERCAS CRIMINOSAS DOS CAMPOS PÚBLICOS

Na manhã do dia 14 de novembro, centenas de camponeses, mulheres, jovens e crianças, tomaram as ruas em marcha no município de Arari, localizado na Baixada ocidental maranhense.

Empunhando bandeiras, com faixas, entoando cantos e palavras de ordem, exigiram do governo Flávio Dino a retirada imediata das cercas ilegais e do gado búfalo da Área de Proteção Ambiental da baixada maranhense.

Comunidades que compõem o Movimento Fóruns e Redes de Defesa dos Direitos da Cidadania do Maranhão há muito tempo tem denunciado os crimes de cercamento de terras públicas, além dos crimes ambientais perpetrados por latifundiários, grileiros e criadores de gado bubalino. Acontece que as autoridades de Arari, notadamente o delegado de polícia, a promotora de justiça e o juiz de direito jamais puniram esses criminosos, pelo contrário, resolveram criminalizar as comunidades, suas lideranças e suas organizações sociais.

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Existe na delegacia de polícia de Arari mais de uma dezena de inquéritos criminais, algumas denúncias formuladas pelo Ministério Público e aceitas pelo Poder Judiciário, criminalizando os movimentos sociais.

Consequência dessa criminalização foram as prisões arbitrárias de 8 (oito) camponeses durante esse ano, os últimos Joel, Emilde, Edilson e Laudivino, já estão há mais de 60 dias presos no presídio regional de Viana no Maranhão, estes acusados pelo Ministério de terem cometidos os crimes exercício arbitrário das próprias razões, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo, verdadeiras chicanas jurídicas para manter camponeses presos.

Durante a caminhada os manifestantes se concentraram em frente a delegacia de polícia e denunciaram a posição parcial do delegado Alcides Nunes Neto o chamando de “delegado de grileiros”.
Durante o marcha esteve presente representantes da coordenação dos Fóruns e Redes de Cidadania e do assessor jurídico o advogado popular Iriomar Teixeira.

Ao fim, os presentes reafirmaram o compromisso de lutar pelos campos livres.

Disseram também que voltarão às ruas no dia 21 de novembro de 2019, pois, nesse dia, será a audiência de instrução e julgamento dos presos políticos do ministério público, do poder judiciário e do governo Flávio Dino.

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