Comunistas do mundo prestam homenagens a Jose Maria Sison

Comunistas do mundo prestam homenagens a Jose Maria Sison

Desde o falecimento do dirigente comunista Jose Maria Sison, presidente fundador do Partido Comunista das Filipinas (PCF), diversas organizações e partidos comunistas que se definem pelo marxismo-leninismo-maoismo se pronunciaram com condolências e homenagens.

Em comunicado publicado em 3 de janeiro, o Partido Comunista da Índia (Maoista) caracterizou Sison como “respeitado líder revolucionário, intelectual, patriota e internacionalista” e um dos “brilhantes líderes do Movimento Comunista Internacional”. Os maoistas indianos ainda convocaram as massas a celebrarem sua trajetória e exaltarem seu papel para a Revolução.

O Partido Comunista da Turquia/Marxista-leninista (TKP/ML), em nota publicada em 18 de dezembro, destacou que o dirigente comunista foi “inquestionavelmente, um dos líderes mais importantes desta luta armada de mais de meio século, da luta do PCF pela Revolução Democrática Popular e pelo Socialismo”. “Por esta razão, ele conquistou um lugar na memória histórica da luta de classes como um dos líderes revolucionários que merece ser honrado e respeitado pelo proletariado internacional e pelos povos oprimidos do mundo”, asseverou.

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O jornal Internacional Comunista (CI-IC), em publicação de 20 de dezembro assinada pelo seu comitê de redação, prestou “sentidas condolências ao PCF, a seus dirigentes, quadros, militantes, combatentes e massas, ao povo filipino, assim como aos familiares e amigos do camarada Jose Maria Sison”. Afirmou ainda que “o Movimento Comunista Internacional (MCI) perde um importante dirigente, o povo filipino perde um dirigente excepcional, mas estamos firmemente convencidos que saberão colher e manter alto seu patrimônio e levar adiante a guerra popular à sua vitória”.

O mesmo jornal publicou nota do Partido Comunista do Brasil (P.C.B.), na qual se presta condolências “ao PCF, seu Comitê Central, ao Novo Exército do Povo e aos seus combatentes e comandantes e às massas” e afirma que “sua morte enluta o coração do proletariado internacional e dos povos oprimidos de todo o mundo”. A nota ressalta o papel de Sison como “fundamental para o movimento proletário nas Filipinas” e “proeminente para o MCI nas últimas cinco décadas”. O partido firmante destaca ainda que “Sison representou pontos de vista divergentes com as posições da esquerda no MCI, e infelizmente estas sérias divergências não puderam ser tratadas de forma organizada, ampla e profunda para alcançar verdadeira unidade” devido “sua morte prematura”.

“Nosso país, o Brasil, também atravessa dias decisivos para a Revolução. A luta entre revolução e contrarrevolução está entrando em uma nova etapa e grandiosos saltos estão sendo gestados. Neste momento, o exemplo do PCF e a Guerra Popular iniciada sob a direção direta do camarada Jose Maria Sison são uma fonte inesgotável de inspiração para os comunistas do Brasil da qual buscamos extrair lições e aprendizados”, conclui a nota.

Em nota, também publicada no jornal CI-IC, o Comitê Central da Fração Vermelha do Partido Comunista do Chile (FVPCC) “expressa sua solidariedade com o PCF, com o Novo Exército do Povo” e com o proletariado filipino “antes o falecimento do camarada Ka Joma”.

“Com seu falecimento, o camarada Ka Joma passa a engrossar as fileiras dos heróis do proletariado internacional. O proletariado e povo das Filipinas saberão superar esse obstáculo e a guerra popular se desenvolverá pujante”, conclui o comunicado.

O Partido Comunista do Equador (Sol Vermelho), em comunicado publicado na internet, qualifica Sison como “um líder histórico da revolução nas Filipinas”, um “maoista convicto de suas ideias e propósitos; um internacionalista cabal”, que soube “aplicar e desenvolver o marxismo-leninismo-maoismo de maneira criativa à realidade concreta de seu país e a serviço da Revolução Proletária Mundial”.

A União Operária Comunista (MLM), da Colômbia, destacou que Sison foi forjado e inspirado “na Grande Revolução Cultural Proletária na China” e que “sua morte tem o peso de uma montanha para o proletariado e massas oprimidas das Filipinas”.

Sison faleceu aos 83 anos em um hospital de Utrecht, na Holanda, e a causa exata da morte não foi divulgada. Ka Joma foi o presidente fundador do Partido Comunista das Filipinas (PCF), encabeçou a reconstituição do partido em 1968, fundou o Novo Exército do Povo (NEP) em 1969 e desencadeou a guerra popular naquele país no mesmo ano, tendo, recentemente, atuado como consultor político-chefe da Frente Democrática Nacional das Filipinas (FDNF).

Imagem de destaque: Comunistas de todo mundo prestaram homenagens a Jose Maria Sison, presidente fundador do PCF. Foto: Reuters/Michael Kooren

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