Após ser solto da prisão no fim do ano passado, o genocida Alberto Fujimori anunciou na semana passada que pretende concorrer à presidência novamente. O ultradireitista faz essa manobra enquanto sua filha é julgada por diversos crimes.
No dia 14 de julho, Alberto Fujimori declarou que planeja concorrer às eleições do país, atraindo os holofotes dos monopólios de imprensa para ele, ocultando os enormes esquemas de corrupção que sua filha, que foi candidata nas últimas eleições presidenciais peruanas, está envolvida.
Além de dever 15 milhões de dólares em danos civis em três casos separados, Fujimori é um sanguinário ditador, com um histórico de esquadrões de morte paramilitares financiados pelos USA, que cometeram diversos massacres contra o povo peruano, exterminando milhares de camponeses, revolucionários e comunistas. Também em seu governo, esterilizou mais de 350 mil mulheres peruanas, junto à extensos atos de tortura e repressão nos vilarejos peruanos.
Segundo advogados constitucionalistas peruanos, como Aníbal Quiroga, Fujimori não devia ter direitos políticos.
Fujimori carece de apoio político
Segundo uma pesquisa conduzida pelo Ipsos, 7 em cada 10 peruanos não votariam em um candidato com mais de 80 anos e com antecedentes criminosos. Mesmo que se empurre a narrativa que Fujimori é “universalmente popular”, sua figura ainda é rechaçada entre muitos que tiveram familiares e amigos que foram vítimas do terrorismo de Estado. Em outra pesquisa, ficou praticamente empatado com Martin Vizcarra, outro político peruano.
Além da saúde debilitada, que foi usada para tirar o ex-presidente genocida da prisão, a exaustiva batalha jurídica travada por advogados “ultradireitistas vs constitucionalistas”, somada à propaganda de Keiko Fujimori (que nesta segunda-feira, 22, declarou novamente que seu pai irá se candidatar), enfraquecem a pretensão eleitoral de Fujimori.