Professores das Instituições de Ensino Superior do Brasil, reunidos no 13º Congresso Extraordinário (13º Conad) promovido pelo Andes – Sindicato Nacional que ocorreu nos dias 15 e 16 de outubro, manifestaram total repúdio a violência perpetrada pelo estado de Rondônia junto ao governo militar do fascista Bolsonaro e generais, que criminaliza a luta pela terra e utiliza do aparato de repressão em uma grande operação de cerco contra as Áreas Revolucionárias Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira, na zona rural de Porto Velho, em Rondônia.
Na moção intitulada “Repúdio aos ataques de forças repressivas de Rondônia a camponeses em luta pela terra”, os professores denunciam o cerco criminoso e repudiam a utilização de efetivos da Força Nacional e da Polícia Federal, oriundos do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que agem em conjunto com paramilitares que atuam como pistoleiros das fazendas Norbrasil e Santa Carmem e tem realizado inúmeros abusos – ameaças, espancamentos e torturas de camponeses da região – e contra as mais de 800 famílias que vivem e trabalham em suas posses nessas áreas camponesas.
Os docentes denunciam também chacina ocorrida dois meses atrás no mesmo distrito, onde foram assassinados três camponeses: Amarildo, Amaral e Kevin, e afirmam que um novo ataque se anuncia em meio a uma ordem de despejo em benefício do latifundiário e grileiro Antônio Martins, o “Galo Velho”, emitida no final de setembro.
O documento foi aprovado por unanimidade pelos docentes que representavam diversas seções sindicais de professores das Instituições Federais e Estaduais de Ensino Superior em todo país. Destinada ao governo do estado de Rondônia, Ministério Público Federal/Rondônia (MPF/RO) e a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), a moção já circula nacional e internacionalmente.
A moção conclui com o chamamento com as consignas Todo apoio aos camponeses do Acampamento Tiago dos Santos e Ademar Ferreira em luta pela terra no Estado de Rondônia!, Lutar não é crime!, Terra para quem nela trabalha!.
Foto: Andes