No dia 9 de novembro, cerca de 300 pessoas se reuniram na Igreja da Candelária para uma manifestação em solidariedade à Palestina e contra os ataques sionistas que já deixaram mais de 10 mil mortos. Desde o fim da tarde, centenas de bandeiras da Palestina eram vistas no tradicional ponto de concentração de mobilizações populares na cidade do Rio de Janeiro. O ato, que cumpriu um importante papel de denúncia do genocídio sionista, foi convocado pelo Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro e também por dezenas de organizações políticas e movimentos populares.
Por volta de 18h, a manifestação saiu em marcha percorrendo a Avenida Rio Branco. Uma faixa e um carro de som iam à frente, levando denúncias do Estado sionista de Israel. Trabalhadores recebiam panfletos e conversavam com manifestantes. Diferentes grupos organizados de manifestantes, e também de manifestantes independentes, inclusive alguns judeus e até famílias inteiras com filhos pequenos, estiveram presentes com faixas, bandeiras da Palestina e cartazes.
Concentrando movimentos populares, entidades estudantis e organizações revolucionárias, um contingente organizado em duas colunas levava dezenas de bandeiras da Palestina enquanto exclamavam palavras de ordem em apoio à Resistência Palestina e suas organizações populares, que conduzem ações em resposta aos bombardeios e incursões terrestres promovidos pelo Exército israelense:
– Luta palestina: nem um passo atrás! Viva a resistência, todo apoio ao Hamas!
Provocadores fascistas tiveram que fugir
Um grupelho de ultrarreacionários pró-Israel tentou desviar o foco da marcha filmando a manifestação enquanto faziam questionamentos aos presentes. No momento em que tentaram se infiltrar no ato, ativistas começaram a cantar “Ê, fascista vai morrer!” e expulsaram os sionistas com socos e pontapés.
O ato em apoio ao povo palestino prosseguiu em direção ao Consulado Geral do Estados Unidos (USA), destino final da manifestação. Chegando lá, um ativista pró-Palestina anunciou, desde o carro de som, que seria feita uma ação simbolizando todo o ódio dos povos do mundo contra os responsáveis pela matança desenfreada dos palestinos, destacando que no nosso País são utilizados as mesmas armas e artefatos militares contra o povo pobre nas favelas.
Após abrir uma roda, os ativistas expuseram as bandeiras do USA e de Israel (que estavam pichadas com consignas contra o sionismo e seu líder Netanyahu). Logo em seguida, iniciaram a queima das mesmas. Quando os símbolos dos opressores do povo já estava completamente consumidas pelas chamas, pedras foram lançadas contra as vidraças do Consulado do USA. Os ativistas também lançaram garrafas com tinta vermelha simbolizando o sangue derramado dos palestinos, que atingiu o portão principal de entrada. Os seguranças do prédio tiveram que se apressar para entrar no edifício diplomático imperialista.
PM protege edifício ianque
A Polícia Militar do Rio de Janeiro e sua tropa de Choque atacaram violentamente a manifestação, lançando bombas de efeito moral e balas de borracha. Os manifestantes então responderam, lançando uma série de rojões contra as tropas policiais e contra o Consulado ianque.
Parados em frente ao Consulado, como cães-de-guarda dos imperialistas ianques, os policiais recolheram um saco de lixo que estava no chão, mostrando-se triunfantes por ter conseguido apanhar um objeto esquecido pelos manifestantes, tal como um troféu. Foi neste momento que alguém que estava próximo constatou que se tratava de um saco cheio de fezes.
Os manifestantes voltaram a se concentrar em torno do carro de som. E enquanto uma parte deles seguiu para a Cinelândia, outra parte ficou acompanhando a movimentação das tropas com denúncias a violência policial: “Atira na cabeça!”, “Vocês são a vergonha do Brasil”, gritavam os presentes no ato.
Um policial da tropa de Choque chegou a violentar com um empurrão uma manifestante idosa que estava caminhando em direção à Cinelândia. Ao tentar registrar a identificação deste agente, uma jornalista popular foi agredida com spray de pimenta.
Chegando na Cinelândia, a manifestação teve fim com uma fala de encerramento do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do RJ.
O Jornal A Nova Democracia realizou uma cobertura ao vivo da manifestação, que está no ar no Programa A Propósito do dia 9 de novembro, e também fez registros dos principais momentos do ato. O vídeo da cobertura do AND está disponível abaixo: