Foto: Arquivo pessoal
Um exame de DNA confirmou que o cadáver encontrado no lago do Parque Natural Municipal do Pedroso, em Santo André, São Paulo, é do menino Lucas Eduardo Martins, de 14 anos. O Instituto Médico Legal (IML) divulgou o resultado do exame na tarde de 28 de novembro. O jovem havia desaparecido em 13/11 e o corpo foi encontrado três dias depois.
Os policiais militares Rodrigo Matos Viana e Lucas Lima Bispo dos Santos estão afastados por serem apontados como os principais suspeitos de envolvimento no desaparecimento do garoto.
Lucas era morador da Favela do Amor e desapareceu no início da madrugada do dia 13 após sair para comprar um pacote de biscoito e uma garrafa de refrigerante numa venda vizinha à sua casa, onde morava com a mãe e os irmãos.
Ainda não há confirmação oficial sobre sua morte, mas há suspeita de afogamento. A família de Lucas afirma que o menino não sabia nadar e considera improvável que ele tenha ido à lagoa por vontade própria.
Familiares e vizinhos afirmam ter visto uma viatura da PM em frente à casa de Lucas pouco tempo depois de sua saída. A mãe, Maria Marques Martins dos Santos, ouviu o barulho de um veículo e a voz do filho dizer “eu moro aqui”. Ao olhar pela janela, Maria diz ter avistado a viatura.
Após esses acontecimentos, a mãe de Lucas conta que dois policiais bateram à porta, fizeram perguntas sobre os moradores e pediram para entrar. Mesmo autorizados, eles desistiram.
Desde que Lucas havia sumido, o clima na favela onde ele morava era de intensa revolta e apreensão. Se for confirmada a participação dos PMs em sua morte, este será mais um abominável crime contra o povo cometido pelos aparatos policiais do velho Estado brasileiro que, dia após dia, intensificam a guerra civil reacionária que é levada a cabo contra os pobres no país.