Correspondentes de AND relatam momentos da resistência na Uerj em 20/9

Na manhã de 20 de setembro, por volta das 6 horas, correspondentes locais de AND chegaram ao portão 5 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) para cobrir as mobilizações estudantis contra a reintegração de posse da reitoria da Uerj e da Tropa de Choque da PMERJ. Às 9 horas, foi possível acessar o prédio principal, onde os estudantes já se preparavam para uma plenária. Os estudantes receberam os correspondentes de AND de forma acolhedora, permitindo assim a cobertura dos acontecimentos.

Correspondentes de AND relatam momentos da resistência na Uerj em 20/9

Na manhã de 20 de setembro, por volta das 6 horas, correspondentes locais de AND chegaram ao portão 5 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) para cobrir as mobilizações estudantis contra a reintegração de posse da reitoria da Uerj e da Tropa de Choque da PMERJ. Às 9 horas, foi possível acessar o prédio principal, onde os estudantes já se preparavam para uma plenária. Os estudantes receberam os correspondentes de AND de forma acolhedora, permitindo assim a cobertura dos acontecimentos.

Na manhã de 20 de setembro, por volta das 6 horas, correspondentes locais de AND chegaram ao portão 5 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) para cobrir as mobilizações estudantis contra a reintegração de posse da reitoria da Uerj e da Tropa de Choque da PMERJ. Às 9 horas, foi possível acessar o prédio principal, onde os estudantes já se preparavam para uma plenária. Os estudantes receberam os correspondentes de AND de forma acolhedora, permitindo assim a cobertura dos acontecimentos.

AND fez uma cobertura exclusiva e ao vivo de todos os desdobramentos, que pode ser conferido no vídeo.

Na plenária, após solicitação, foi aprovada por maioria a cobertura jornalística de AND dos eventos, reconhecendo o apoio contínuo do Jornal A Nova Democracia ao movimento estudantil resistente contra o AEDA da Fome e a criminalização das massas estudantis. Nosso correspondente destacou que durante a plenária ficou evidente a organização e a determinação dos estudantes, que discutiram a situação do momento e planejaram manifestações para a tarde, de maneira a intensificar a resistência contra a reintegração.

Plenária estudantil no início da manhã de 20/9. Foto: Banco de Dados de AND.
Vídeo: Banco de Dados de AND.

“Apesar da tentativa de um pequeno grupo de desmobilizar a ocupação, os estudantes combativos foram muito firmes lembrando da justeza de sua luta em cada discurso. Ao fim da plenária foi informado que a tropa do Choque estava por vir até a UERJ e com isso a plenária foi encerrada, mas ao som de gritos e palavras de ordem tão coesos quanto vibrantes”, destaca o correspondente de AND. Em vez de recuar, os estudantes prepararam-se para o confronto iminente com as tropas de repressão.

Cartazes feitos pelos estudantes contra o AEDA da Fome. Foto: Banco de Dados de AND.

A “reintegração” se iniciou às 13h, quando centenas de policiais militares da Tropa de Choque chegaram à Uerj com um verdadeiro aparato de guerra: caminhões, camburões, ônibus, fardas especiais e armamento de guerra. Os policiais cercaram todo o perímetro da Uerj, fechando cada entrada da universidade. Às 13h30, os policiais começaram a lançar bombas dentro das instalações, na tentativa de intimidar os estudantes.

Nosso correspondente, que foi detido pela Tropa de Choque da PMERJ, relatou ao AND que enquanto os estudantes aguardavam uma resposta sobre as negociações, os policiais invadiram as instalações universitárias violentamente, utilizando bombas e gás lacrimogêneo para tentar dispersar os manifestantes. Mesmo com a ofensiva, muitos estudantes conseguiram furar o bloqueio policial e escapar. No entanto, quatro pessoas foram detidas: dois estudantes, o correspondente local de AND e o deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ).

Mensagem deixada pela resistência estudantil em alusão à grandiosa luta camponesa do Acampamento Manoel Ribeiro (RO) em 2021, que enfrentou um grande cerco policial de guerra. Foto: Banco de Dados de AND.

“Nesse momento, três seguranças à paisana, contratados pela reitoria, tentaram nos retirar do prédio sem permitir que verificassem se todos os alunos haviam saído em segurança”, relatou o correspondente. Na saída, já na rampa do prédio, foram surpreendidos pela chegada de mais policiais do Choque, que os arrastaram até o ônibus da polícia, estacionado fora do campus.

“Foi neste momento também, que nós vimos que uma estudante do curso de enfermagem da UERJ também estava sendo conduzida para o ônibus junto a gente. O que me chamou muito a atenção, foi o fato dela ter sido a única conduzida que foi algemada com um enforca gato”, relata.

Estudante de enfermagem, única mulher entre os detidos, é algemada com enforca gato. Vídeo: Banco de Dados de AND.

O correspondente local relata que os quatro foram conduzidos para a Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde permaneceram até às 22h30. “Graças ao apoio do contingente de advogados populares que estavam lá, conseguimos sair de lá sem sermos criminalizados, apesar dos policiais, a partir de seus depoimentos, tentarem nos enquadrar por desacato e desobediência”, afirmou.

Pouco antes das 23 horas, ao deixar a Cidade da Polícia, o grupo foi recebido por uma multidão de estudantes, que aguardava do lado de fora em vigília. “Fiquei muito emocionado quando passei pela porta e vi que aquela multidão toda ainda estava lá nos esperando, apesar do horário. Minha eterna gratidão a estes estudantes”, relatou o correspondente local de AND. O jornal A Nova Democracia, tem acompanhado e cedido espaço em nossa tribuna para trazer os avanços da resistência estudantil contra o AEDA da Fome. Esta batalha é mais um capítulo no histórico de lutas estudantis da Uerj.

Estudantes libertados são recebidos em com grande solidariedade. Vídeo: Banco de Dados de AND.

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