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De dentro do Exército, centenas de armas estavam sendo desviadas, “requentadas” e revendidas para clubes de tiros, empresas de segurança, colecionadores e delinquentes, fardados ou sem farda. A investigação que desnudou o esquema é conduzida pelo Ministério Público Militar (MPM). As armas, apreendidas em operações, voltaram a circular. A investigação começou após a prisão em abril de 2019 do tenente-coronel Alexandre de Almeida.
No dia 31 de julho, 182 armas foram apreendidas em 13 endereços pertencentes a militares, colecionadores e civis nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. Desse total de armas apreendidas, 101 foram desviadas no esquema e as outras 81 estavam em situação irregular.
Na sede da Guardian Segurança e Vigilância, localizada na zona oeste do Rio, foram apreendidas 83 armas. A empresa pertence ao major da reserva da Polícia Militar (PM), Álvaro Fernandes Sabino. Já na sede da Confederação de Tiro e Caça do Brasil, no centro do Rio, foram apreendidas peças de fuzis.
O tenente-coronel preso em abril de 2019, Alexandre, era chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 1ª Região Militar, no Palácio Duque de Caxias, Centro do Rio. O militar preso era a mais importante autoridade responsável pelo controle das armas que circulam nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Ainda segundo o inquérito, o oficial registrava as armas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), o cadastro das armas registradas no Exército, em nome de seus novos donos ilegalmente. Um mês após a prisão, a Justiça Militar determinou sua soltura.