O número real de pessoas desempregadas subiu para 27,5 milhões de pessoas, segundo dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado apresenta o crescimento de 500 mil no número de desempregados reais, que, ao todo, atinge 24,3% da força de trabalho no país.
O número real de desempregados foi apresentado pelo IBGE como “subutilizados”, pois, no método adotado, o instituto fraciona os desempregados em três categorias, buscando diminuir o índice de desemprego. As três categorias são: os “desocupados” (àqueles que procuram emprego formalmente e não têm nenhuma atividade econômica), os “desalentados” (que são aqueles que não procuraram vaga de emprego formalmente num determinado período de tempo por conta da dificuldade) e os “subocupados” (aqueles que trabalham em uma carga horária inferior à adequada e, portanto, recebem menos).
O número de “desalentados” está, atualmente, em 4,7 milhões de pessoas, sendo que, no primeiro trimestre de 2019, cresceu em 6,7% comparado ao primeiro trimestre de 2018. O número de pessoas “subocupadas”, hoje em 6,8 milhões de trabalhadores, também subiu com relação ao primeiro trimestre do ano passado, em 7,3%.
Já o número de “trabalhadores por conta própria”, dentro dos quais incluem-se os camelôs, vendedores ambulantes e motoristas de transporte alternativo, chegou ao recorde histórico neste trimestre: foram 23,9 milhões de brasileiros e brasileiras. O recorde também é expressão do desemprego e tampouco ajuda a recuperar a economia, pois não eleva o consumo das famílias.