Ativistas denunciaram a farsa eleitoral para moradores do entorno do Distrito Federal, divulgando a luta no campo e defendendo a Revolução Agrária.
No fim de setembro, ativistas se reuniram para estudar e debater o artigo “Eleição Não! Revolução Sim!” da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – Brasil (FRDDP – Brasil) e ao final da reunião decidiram por conformar o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral no Distrito Federal.
Mesmo que em Brasília não ocorra as eleições para prefeito e vereador, visto que a organização política e administrativa do DF proíbe sua divisão em Municípios, os ativistas decidiram tomar parte ativa na campanha nacional de boicote, denunciando a farsa eleitoral para as massas do entorno que diariamente vem trabalhar e estudar na capital.
Os ativistas realizaram na quinta-feira (3/10) denúncia da farsa e a esculhambação que são as eleições e o velho Estado latifundiário-burgues brasileiro. A atividade ocorreu na Rodoviária do Plano Piloto, na plataforma onde se encontram os ônibus com destino ao entorno do DF, onde se localizam cidades como Luziânia, Águas Lindas, Valparaíso, Formosa, Planaltina, etc., localizadas no Goiás, em que o pleito farsesco está ocorrendo.
A faixa com consigna “Eleição Não! Revolução Sim!” conseguiu chamar atenção dos trabalhadores, alguns curiosos sobre a proposta, outros já entusiasmados se manifestando positivamente ao escutar o que os ativistas tinham a falar.
Dividindo espaço com apoiadores de candidatos distribuindo santinhos nas filas, os ativistas aproveitavam para denunciar que todos eram farinha do mesmo saco, em que as promessas de campanha, eleição após eleição, permaneciam sendo apenas promessas e só aumentavam com o passar do tempo. Enquanto o que nunca aumenta é o salário, a qualidade de vida, a segurança e os direitos dos trabalhadores que sustentam essa velha máquina enferrujada que é o sistema.
Mostraram como a carestia e a realidade sofrida no campo e na cidade se contrapõe ao lucro dos banqueiros, dos monopólios imperialistas que assaltam nosso país, dos salários e benefício da casta política. E que enquanto pagamos caro para se alimentar (ou mal alimentar), com um vale-alimentação (ao ter o direito a tal) que não consegue bancar uma compra para o mês inteiro, os latifundiários lucram bilhões todos os anos, enchendo seus bolsos de dinheiro. Dinheiro com sangue de indígenas, quilombolas e camponeses pobres.
Ao conversar nas filas, até aqueles que afirmavam ter candidatos para as eleições, concordavam com as acusações e denúncias dos ativistas, demonstrando que a insatisfação é real, alguns citando que só votam “para não pagar a multa”.
Apontando as relações do latifúndio com o governo federal e estadual, a denúncia também se voltou contra as oligarquias locais, dos latifundiários da monocultura e pecuária, que mantém sua dominação política e econômica com mãos de ferro. Além de denunciar as criminosas queimadas por parte dos mesmos grileiros e serviçais do latifúndio que atingiram a região do DF e entorno, causando doenças à população e danos incalculáveis ao meio ambiente.
Contra essa velha ordem, os ativistas apontaram que o Brasil precisa é de uma Grande Revolução Democrática, Agrária e Anti-Imperialista. Propagando a luta no campo que já vem ocorrendo, mostrando o vitorioso exemplo da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), conclamando a população a NÃO VOTAR, apoiar e divulgar a Revolução Agrária.