Mais de 400 pessoas, estudantes, professores, sindicalistas, partidos e organizações, realizaram um ato na Universidade de Brasília (UnB) na segunda-feira (24/3), primeiro dia de aula, em resposta às ameaças de invasão por um grupelho de agitadores de extrema direita que havia marcado para o mesmo dia um ato em apoio a Bolsonaro e aos bolsonaristas presos.
Dias antes (14/3), o mesmo grupelho, que pede anistia aos golpistas da bolsonarada, havia entrado na UnB vazia, pintado de branco os grafites do Centro Acadêmico de Artes Visuais e espalhado cartazes em apoio às pautas da extrema direita bolsonarista. Disseram, sem provas, que salas eram usadas para sexo entre alunos e professores, que espaços de convivência e lazer dos alunos eram espaço para consumo de drogas ilícitas e tráfico, afirmando que tudo era bancado com verbas públicas. Os mesmos ataques que a extrema direita faz às universidades públicas.
Boa parte do grupo é formada por pessoas que não são alunos da universidade, que estão apenas atacando a liberdade dos estudantes como bons reacionários que são. Um dos articuladores, Victor Jansen, ao ser questionado por um policial militar, ficou sem resposta ao ser questionado: “Então, o que está fazendo aqui?”.
O mesmo reacionário publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) que havia sido ameaçado de morte, mesmo sem apresentar nenhuma prova. “Fomos ameaçados de morte, três deputados distritais da esquerda estavam no ato dos extremistas comunistas hoje, a reitoria emitiu notas contra nós, e a grande mídia está noticiando tudo. O que um vídeo pintando uma porta fez, né? Mostrou um sistema sujo e radical!”
A ação que Jansen diz foi divulgada e propagandeada por reconhecidos reacionários, como a Deputada federal cassada Carla Zambelli (PL-SP) em suas redes sociais. O grupelho chegou a filmar um cartaz do Coletivo de Base – Honestino Guimarães em apoio à Palestina e afirmar que se tratava de “referências ao terrorismo”.