Trabalhadores dos Correiros chegam ao 16º dia consecutivo de greve. Foto: Fentect
Durante a madrugada do dia 2 de setembro, trabalhadores dos Correios ocuparam o terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Brasilia paralisando as operações aéreas dos correios no Distrito Federal.
Essa ação marca o 16º dia consecutivo de greve dos trabalhadores dos Correios em todo Brasil, que buscam negociar com a diretoria da companhia as 70 cláusulas retiradas do Acordo Coletivo da categoria. As cláusulas teriam vigência até 2021 e versam sobre direitos conquistados, tais como licença-maternidade, auxílio-creche, dentre outros. Nesse sentido, cerca de 40% da renda dos trabalhadores foi reduzida.
Foram eliminados direitos como vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, 30% do adicional de risco, auxílio creche, indenização de morte, pagamento de adicional noturno, horas extras e auxílio para filhos com necessidades especiais.
Em última audiência realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) a direção dos Correios recusou a proposta do Tribunal Superior na tentativa de encerrar a greve. No mês de agosto os trabalhadores dos correios realizaram protestos em várias cidades do país.
TRABALHADORES DO CORREIOS RESISTEM FIRMES NA GREVE EM LUTA POR SEUS DIREITOS
Desde o dia 17 de agosto, a greve dos trabalhadores dos Correios já atingiu quase todo o território nacional. A paralisação da categoria teve adesão em 36 bases sindicais em todo o Brasil. A greve foi motivada pelos ataques propostos pela direção golpista da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), representante do governo de Jair Bolsonaro e dos generais.
Desde que a greve deu início, de acordo com a Fentect, cresceu a mobilização em torno da mesma. Cerca de 70% dos trabalhadores aderiram, o que dá um total de 70 mil. A maior parte deles é dos setores operacionais e de atendimento. A federação calcula que há mais de 35 mil funcionários em greve no corredor comercial, cujo setor retém a maior receita da empresa, abrangendo estados como SP, MG, PR, RJ e RS. Juntos, esses estados agregam mais de 50 mil funcionários.