Na manhã da última segunda-feira (17/2), o governador Ibaneis Rocha (MDB) informou o encaminhamento da proposta de reajuste salarial para as forças de segurança do DF. O documento foi enviado no mesmo dia para o Palácio do Planalto com a mensagem de que é necessário “deixar de lado as ideologias.”
Caso a solicitação do chefe do governador seja aceita, o Planalto envia uma Medida Provisória para ser votada pelo Congresso Nacional. Vencida esta etapa, a MP volta ao Planalto para a sanção de Luiz Inácio.
“Vai um pedido ao presidente da República para que nos ajude no encaminhamento dessa medida ao Congresso. Todos unidos pelas forças de segurança. Que o presidente Lula acolha essa mensagem. Assim que for encaminhado ao Congresso, vou procurar todos os deputados e líderes para que nós tenhamos essa aprovação o mais rápido possível”, disse ele.
Os beneficiários serão Policiais Militares, Policiais Civis e Bombeiros. No entanto, toda a população do DF será afetada, pois o reajuste será financiado utilizando o Fundo Constitucional do DF (FCDF) e prevê um impacto de 2,3 bilhões de reais na economia local, segundo o próprio secretário da economia Ney Ferraz Júnior.
A medida entra em contradição com diversas categorias negligenciadas pelo governador, como os professores e enfermeiros, que sofreram mais ataques recentemente, como os professores que tiveram que recorrer diversas vezes por direitos básicos, como o pagamento devido de seu INSS.
Em relação aos profissionais da enfermagem, o que não falta são reclamações da população sobre a má qualidade da saúde pública, que tem grande déficit de investimento e sofre diversos ataques. Isso está claro por diversos fatores, seja pela falta de materiais nos hospitais ou pelo déficit de profissionais, a alta produtividade, e a crescente diferença salarial, que hoje chega a R$ 5 mil, um aumento significativo quando comparado à diferença de R$ 800 registrada em 2013.