Na tarde de 7 de novembro, teve início uma marcha pela Esplanada dos Ministérios realizada por lideranças dos povos indígenas Surui Aikewara, Akrãtikatêjê Gavião, Amanaye, Atikum, Guajajara, Guarani Mbya, Tembe, Parakana, Galibi Marworno, Palikur e Karipuna, provindos do Pará e Amapá. Os indígenas denunciam as invasões promovidas pelo latifúndio, madeireiros e grileiros nos territórios e os assassinatos do líder do grupo de defesa da Amazônia – os “Guardiães da Selva – Paulo Paulino Guajajara e do cacique Emyra Wajãpi, do Amapá.
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Os povos originários também denunciam as ações do velho Estado, como os impactos da Usina Hidrelétrica de Marabá no rio Tocantins e do projeto “Ferrogrão” – ferrovia de 932 quilômetros que liga Sinop (MT) até Mirituba (PA), destinada ao escoamento de grãos como soja e milho.
Foto: Tiago Miotto/Cimi
Outro ato contra a morte do líder e a falta de ação das “autoridades” ocorreu no dia 4, na cidade de Imperatriz, sul do Maranhão. “O que ocorreu a gente já temia, a gente já mandou vários documentos tanto para Fundação Nacional do Índio, Ministério Público Federal, Polícia Federal e a própria Secretaria de Segurança Pública do Estado. Foi um crime, mas nós sabíamos das ameaças que eles vinham sofrendo. Já que ocorreu mais um crime e não foi o primeiro crime. Paulo Paulino foi mais um indígena assassinado”, denunciou Fabiana Guajajara a cumplicidade do velho Estado em entrevista ao monopólio de imprensa G1.
Conforme já noticiado pelo AND, depois do brutal assassinato de Paulo Paulino Guajajara, um incêndio criminoso de grandes proporções atingiu a Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, onde, o líder indígena foi assassinado.
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Durante os primeiros nove meses do ano, houve 160 casos relatados de invasões de terras indígenas, um aumento de 44% em relação aos números registrados no ano passado, segundo relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Foto: Adi Spezia/Cimi