DF: Intimidação e ameaças continuam no Acampamento Terra Prometida

Mais um episódio de ilegalidade e ameaças contra aqueles que lutam pelo direito a terra e moradia em Brazlândia.
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DF: Intimidação e ameaças continuam no Acampamento Terra Prometida

Mais um episódio de ilegalidade e ameaças contra aqueles que lutam pelo direito a terra e moradia em Brazlândia.

Mais um episódio de ilegalidade e ameaças contra aqueles que lutam pelo direito a terra e moradia em Brazlândia. 

No início de outubro, mais um episódio de agressão e abuso de autoridade foi registrado no Acampamento Terra Prometida, em Brazlândia, no Distrito Federal (DF). Desta vez, um servidor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), identificado como Maurício, agrediu verbalmente o presidente do Conselho Regional de Cultura de Brazlândia, Matheus Moura, e ameaçou com voz de prisão outros participantes do acampamento.

A tensão aumentou quando o advogado da Frente Nacional de Luta (FNL) questionou a legalidade da operação conduzida por Maurício e outros funcionários do governo, que não apresentaram uma única ordem de despejo ou reintegração de posse que justificasse as ações de desapropriação, momento em que os apoiadores dos camponeses receberam voz de prisão por parte do funcionário do ICMBio e foram encaminhados à 18ª Delegacia de Polícia, onde o presidente do Conselho Regional de Cultura de Brazlândia teve seu documento de identidade tomado e só foi conseguiu recuperar após intervenção do advogado da FNL.

As famílias, já acostumadas à truculência de operações anteriores, relataram mais um dia de opressão. Cleonice, uma das moradoras do acampamento, denunciou que as derrubadas já passam de 90 dias. Segundo ela, os funcionários agem de forma violenta e agressiva, além de impedir que os moradores registrem as ações com seus celulares.

A situação é ainda mais grave porque muitos dos moradores do acampamento não têm acesso a serviços básicos. Sem moradia fixa, estão impossibilitados de obter cartão do SUS, violando seu direito à saúde pública. Essas famílias vêm resistindo às tentativas de expulsão.

Mesmo com a presença de representantes do Conselho de Cultura de Brazlândia, as autoridades envolvidas — seja do ICMBio, DF Legal ou Polícia Militar — não apresentaram justificativas legais para a operação, reforçando a percepção de arbitrariedade e intimidação constante. O conflito segue, enquanto as mais de 180 famílias do Acampamento Terra Prometida continuam a resistir às tentativas de expulsão e violência.

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