No último domingo (16/2), mais de 50 ativistas realizaram uma manifestação em Brasília contra a escala 6×1. A manifestação se iniciou na Rodoviária do Plano Piloto, região central de Brasília, e posteriormente os manifestantes seguiram para dentro do shopping Conjunto Nacional. Os seguranças privados do shopping tentaram barrar a entrada dos manifestantes, mas falharam. Dentro do shopping, o protesto foi muito bem recebido pelos trabalhadores das lojas e transeuntes.
No panfleto unificado do ato, afirma-se a necessidade da redução da jornada de trabalho sem a redução do salário, pauta histórica da classe operária. Citam como, segundo o DIEESE, “a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais pode gerar milhões de empregos”. Afirmam ainda que “a vitória virá da luta nas ruas, nos locais de trabalho e na construção de uma mobilização nacional massiva”.
O ato atravessou a rodoviária com palavras de ordem de “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”; “Congresso, que hipocrisia: apoia a escala e tira folga quatro dias”, dentre outros, enquanto distribuíam panfletos aos trabalhadores. Carregavam ainda faixas como “Contra a escala 6×1, Greve Geral de Resistência Nacional” e “Pelo fim da escala 6×1, abaixo os cortes do governo federal”.
Seguidamente, os manifestantes se dirigiram ao shopping Conjunto Nacional, onde os seguranças fizeram uma barreira na tentativa de impedir os ativistas de passarem. A barreira foi logo quebrada pelos manifestantes, que avançaram para dentro do shopping. Adentrando o estabelecimento, os ativistas seguiram com seus gritos e panfletando para transeuntes e lojistas, que, em sua maioria, apoiaram efusivamente a ação.
Depois de atravessar o shopping, os manifestantes saíram em bloco em direção ao Conic Brasília, onde encerraram o ato. Em vídeo publicado no Instagram pelo Coletivo de Base – Honestino Guimarães (CB-HG), podemos ver todo o percurso feito pelos manifestantes, além do momento em que estes furaram a barreira de seguranças do shopping. No post, o coletivo declara ainda que “não será pelo congresso de oportunistas e reacionários que os direitos do povo serão conquistados. O mesmo congresso que, ano após ano, seja no governo da direita ou da falsa esquerda, aprova medidas antipovo, negando ou atacando os direitos democráticos das massas brasileiras”.