DF: 80 famílias despejadas de ocupação no centro de Brasília

Oitenta famílias que ocuparam no dia 09/11 um prédio abandonado há mais de 7 anos no centro de Brasília foram despejadas
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DF: 80 famílias despejadas de ocupação no centro de Brasília

Oitenta famílias que ocuparam no dia 09/11 um prédio abandonado há mais de 7 anos no centro de Brasília foram despejadas

Essa nota foi atualizada no dia 13 de outubro às 8h27

Oitenta famílias que ocupavam um prédio abandonado há 7 anos no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), no centro de Brasília, foram despejadas em função de um pedido de reintegração de posse. As famílias ocuparam o prédio no dia 09/11. Na ocupação havia diversas pessoas que estão a mais de 25 anos na fila da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB) e seguem sem moradia.

Devido à reintegração de posse, determinada no domingo pelo desembargador de plantão Roberval Belinati do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), os ocupantes ficaram desde o fim da tarde da segunda-feira (11/10) sob um cerco policial que impedia a entrada de água, comida e fralda para as crianças.

Estudantes e ativistas estiveram presentes desde a tarde da segunda-feira na frente da ocupação e pernoitaram em apoio às famílias que lá estão. O Comitê de Apoio ao AND também esteve presente no local durante toda madrugada.

O cerco se intensificou por volta das 17h da segunda-feira, quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) cercou a área com grades para impedir os apoiadores de terem acesso à ocupação e entregarem mantimentos e itens de higiene pessoal. Desde então, estudantes e ativistas se concentraram na frente do cerco e pernoitaram em apoio às famílias que lá estão. O Comitê de Apoio ao AND também esteve presente no local durante toda a noite e madrugada.

Durante a madrugada, David Borges dos Santos, estudante da Universidade de Brasília, em solidariedade às famílias, buscou entregar os mantimentos, no que foi recebido a socos e pontapés por parte da PMDF.

Frente às injustas agressões, os estudantes e ativistas presentes buscaram ajudar o estudante David, momento em que foram ameaçados de prisão, tendo bombas de efeito moral lançadas contra os estudantes. O correspondente local de AND chegou a ser ameaçado de prisão, o que não ocorreu devido à mobilização geral e a presença de advogados populares no local.

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