DF: Panfletagem denuncia agressão de professor e inércia da reitoria da UnB

O conteúdo do panfleto criticava duramente a decisão da reitora de arquivar o processo de sindicância aberto contra o professor, acusado de colocar o braço no pescoço do estudante em uma situação de violência física. No material distribuído, o CB-HG ressaltou o descaso da reitoria, rechaçando as declarações de Márcia Abrahão, que afirmou desconhecer o andamento do processo. Afirmação que é insustentável, uma vez que a própria reitora teria assinado o arquivamento do caso.
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DF: Panfletagem denuncia agressão de professor e inércia da reitoria da UnB

O conteúdo do panfleto criticava duramente a decisão da reitora de arquivar o processo de sindicância aberto contra o professor, acusado de colocar o braço no pescoço do estudante em uma situação de violência física. No material distribuído, o CB-HG ressaltou o descaso da reitoria, rechaçando as declarações de Márcia Abrahão, que afirmou desconhecer o andamento do processo. Afirmação que é insustentável, uma vez que a própria reitora teria assinado o arquivamento do caso.


Na manhã do dia 10 de setembro, mais de 200 panfletos foram distribuídos em frente ao Restaurante Universitário (RU) da Universidade de Brasília (UnB), em um ato organizado pelo Coletivo de Base Honestino Guimarães (CB-HG). A mobilização denunciou a agressão cometida pelo professor Ricardo Parreira da Silva, do Departamento de Matemática, contra um estudante, ocorrida no dia 4 de abril deste ano, além da inação da reitora Márcia Abrahão em relação ao caso.

O conteúdo do panfleto criticava duramente a decisão da reitora de arquivar o processo de sindicância aberto contra o professor, acusado de colocar o braço no pescoço do estudante em uma situação de violência física. No material distribuído, o CB-HG ressaltou o descaso da reitoria, rechaçando as declarações de Márcia Abrahão, que afirmou desconhecer o andamento do processo. Afirmação que é insustentável, uma vez que a própria reitora teria assinado o arquivamento do caso.

O caso de agressão

O incidente ocorreu no dia 4 de abril de 2024, dentro da sala de aula, quando o professor Ricardo Parreira da Silva, do Departamento de Matemática, agrediu fisicamente um estudante após um incidente banal. Segundo o relato da vítima, que prefere não se identificar, o professor o prensou contra a parede após ter sido acidentalmente molhado por uma garrafa d’água. A agressão deixou marcas visíveis no rosto do estudante e resultou em danos materiais, como a rasura de sua mochila e o amassado de sua garrafa.

Após a agressão, o estudante saiu correndo da sala e buscou refúgio no Centro Acadêmico de Matemática (CAMAT), temendo pela sua segurança. O caso foi levado às autoridades competentes, tanto na universidade quanto na polícia, mas, apesar das evidências e das testemunhas que presenciaram o ocorrido, o processo de sindicância foi arquivado pela reitoria da UnB.

Mobilização estudantil

No dia 5 de setembro, dias antes da panfletagem, um grupo de estudantes ocupou a reitoria da UnB durante uma reunião com a reitora Márcia Abrahão, exigindo respostas sobre o caso. Thiago, um estudante de matemática, afirmou ter acompanhado o estudante agredido durante o exame de corpo de delito e expressou sua indignação com o arquivamento do processo. Ele questionou a falta de ação e o histórico de impunidade em casos de assédio moral envolvendo o professor Ricardo Parreira da Silva, que, segundo relatos, já xingou estudantes de “burro” e “idiota”.

A panfletagem organizada pelo CB-HG no dia 10 de setembro faz parte de uma série de mobilizações dos estudantes que exigem a reabertura do processo e o afastamento imediato do professor Ricardo Parreira da Silva. Além disso, o material distribuído durante o ato trouxe à tona uma questão mais ampla: a inércia da universidade em lidar com casos de violência e assédio, especialmente aqueles cometidos por docentes.

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