No dia 3 de julho, a categoria da enfermagem realizou um ato em frente ao Ministério da Saúde. Os manifestantes ocuparam a Esplanada dos Ministérios e foram brutalmente reprimidos com sprays de pimenta e cassetetes pela Polícia Militar (PM) do Distrito Federal (DF). Um enfermeiro chegou a ser violentamente imobilizado por militares antes de ser preso.
A série de agressões ocorreu em momento que o protesto da enfermagem bloqueava a passagem de um carro no meio da manifestação. Os policiais passaram a agredir os trabalhadores e derrubaram o enfermeiro Marcos Vinicius. Vídeos mostram um dos policiais ajoelhados sobre a barriga do manifestante para contê-lo, enquanto este afirmava que não havia feito nada. O trabalhador acabou detido arbitrariamente.
Sem intimidar-se, os enfermeiros declararam manter o estado de greve até o dia 05/06, quando lideranças sindicais se reunirão com o Ministério da Saúde para debater o piso salarial da enfermagem.
Enfermeiros rechaçam proposta do STF
Os trabalhadores da enfermagem do DF estão em greve desde o dia 28 de junho, em exigência da implementação do Piso Nacional. Neste sexto dia de greve, a categoria se reuniu em frente ao Ministério da Saúde para exigir a aprovação do piso salarial para o setor público e privado, contrapondo a proposta aprovada pelo STF no último dia 30/06.
A proposta aprovada pelo judiciário reacionário define que o pagamento do piso no setor privado fica condicionado à prévia negociação sindical com as milionárias redes privadas de saúde, e ainda define que o piso salarial pode ter seus valores regionalizados, ou seja, que cada região pode definir o valor a ser pago de acordo com o orçamento disponível. Uma grave divisão da categoria, destinada a particularizar uma luta que atualmente é nacional.