DF: Trabalhadora terceirizada morre após acidente em escola

Sandra de Souza Marinho morreu ao cair de uma altura de quatro metros. A trabalhadora fazia uma função para a qual não tinha preparo sem equipamentos de proteção.
Sandra Marinho. Foto: Reprodução

DF: Trabalhadora terceirizada morre após acidente em escola

Sandra de Souza Marinho morreu ao cair de uma altura de quatro metros. A trabalhadora fazia uma função para a qual não tinha preparo sem equipamentos de proteção.

No dia 16 de fevereiro, uma trabalhadora terceirizada da Escola Classe 10, de Ceilândia, no Distrito Federal, caiu de uma altura de aproximadamente quatro metros ao realizar a limpeza de um toldo na entrada do colégio. A trabalhadora não usava nenhum equipamento de segurança e não era capacitada para o trabalho. 

Um vídeo do acidente divulgado nas redes sociais mostra Sandra de Souza Marinho, de 41 anos, usando uma escada para limpar o toldo com um jato de água, e comprova a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 

Depois do acidente, Sandra foi levada para o Hospital de Base, onde permaneceu internada em estado grave. Ela morreu no dia 22/02, pouco antes dos médicos terminarem o protocolo de confirmação de morte cerebral da trabalhadora.

A trabalhadora era empregada pela Real Jg Facilitis. A empresa tem tentado livrar-se da responsabilidade ao afirmar, para o monopólio de imprensa G1, que Sandra não era capacitada para o serviço, que os EPIs eram compatíveis com a função de conservação e que foi a diretora quem pediu à Sandra para limpar o telhado, porque “em nenhuma hipótese, ela ou outros funcionários deveriam fazer esse tipo de trabalho, principalmente usando uma escada”. Contudo, o documento de contratação da empresa previa justamente a limpeza mensal das calhas e do telhado, ainda especificando o uso de escada com equipamentos apropriados fornecidos pela empresa contratada.

Conhecidos de Sandra chegaram a comentar nas redes sociais que ela era “uma mulher muito esforçada e trabalhadora”. Eles afirmaram também que nada tira a responsabilidade da empresa “que submete os funcionários da limpeza a esse tipo de serviços”. 

Uma internauta também chegou a comentar na plataforma Instagram que trabalhou 7 anos na mesma empresa que presta serviço nas escolas do DF, afirmando que “realmente somos obrigados a fazer coisas que não estão no contrato por medo de perder o emprego”. E se questionar o encarregado, “ele fala que tem que fazer o que a direção mandar”.

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