Dia Internacional da Mulher Proletária é celebrado com potentes mobilizações pelo mundo

Mobilizações ocorreram no Brasil, Índia, Turquia, Filipinas, Alemanha, Noruega, Espanha, Irlanda e outros países.
Bloco das Mulheres pela Nova Democracia (YDK) durante a manifestação do dia 8 de março em Istambul. Fonte: Conta X do Yeni Demokrasi.

Dia Internacional da Mulher Proletária é celebrado com potentes mobilizações pelo mundo

Mobilizações ocorreram no Brasil, Índia, Turquia, Filipinas, Alemanha, Noruega, Espanha, Irlanda e outros países.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher Proletária, celebrado no dia 8 de março, massas populares de todo o mundo se mobilizaram no campo e na cidade para condenar a opressão feminina imposta pelo imperialismo. As informações são do portal de notícias internacional O Arauto Vermelho.

No Brasil, o Movimento Feminino Popular (MFP) publicou em seu blog o Boletim Anual do 8 de março, demarcando que o dia 8 de março é o Dia das Mulheres Trabalhadoras, e não de todas as mulheres, como afirma o feminismo burguês e pequeno-burguês. “O 8 de março é o dia das mulheres que enfrentam a batalha diária pela sobrevivência de suas famílias, por seus sonhos e suas esperanças. Celebrar o 8 de março é reafirmar o caminho da participação combativa das mulheres trabalhadoras na luta de classes, na luta contra a exploração e opressão e pela completa emancipação feminina de toda subjugação.”

Durante o boletim, o MFP denunciou ativamente as operações policiais fascistas contra o povo pobre, preto e trabalhador, conclamando às mães e familiares: “O MFP se soma à Liga dos Camponeses Pobres e convoca as mulheres e homens trabalhadores das favelas e comunidades pobres do país, especialmente os jovens, a se defender da violência das polícias organizando grupos de autodefesa armados de massas e enfrentando com organização esse velho Estado e suas hienas policiais, impulsionando a revolução de Nova Democracia, ininterrupta à revolução socialista, rumo ao luminoso Comunismo, reino da verdadeira liberdade, onde serão varridos da face da terra todo tipo de injustiça, opressão e exploração inatas ao podre sistema imperialista.” 

Durante o boletim, o exemplo do avanço da autodefesa camponesa em territórios camponeses, indígenas e quilombolas foi profundamente saudado pelo MFP, assim como o exemplo com heroicos combatentes da Resistência Nacional Palestina. 

O MFP está divulgando a primeira edição da revista Nova Aurora, em que exalta o exemplo da mãe palestina, que, na consciência de sua importância, segue gerando e criando novos combatentes. 

Na Turquia, organizações populares e democráticas, em especial o Mulheres pela Nova Democracia, visitaram operárias e operários em greve, expressando seu apoio e mobilizando para as manifestações de 8 de março. Uma expressiva manifestação foi realizada na cidade de Izmir. 

Na Índia, a Frente Revolucionária dos Estudantes (FRE) realizou uma manifestação na cidade de Calcutá.

Manifestação na Índia. Foto: Reprodução/FRE

Nas Filipinas, milhares de mulheres protestaram contra o regime vende-pátrio de Marcos-EUA. Houve marchas em Manila, mostrando solidariedade às trabalhadoras em greve da empresa Nexperia. Estudantes de outros locais se juntaram. Centenas de mulheres também protestaram em Batangas City, Baguio City, Naga City, Iloilo City, Davao e muitas outras. O Partido Comunista das Filipinas emitiu uma nota saudando todas as mulheres que vêm se dedicando ao avanço da Revolução de Nova Democracia no país.

Na Alemanha, a Roter Bund (Liga Vermelha) participou de diversas mobilizações pelo país e realizou ações em diversas cidades. Em Colônia, ativistas participaram da manifestação e venderam números do Roten Post e destacaram o exemplo da luta das mulheres no Brasil organizada pelo Movimento Feminino Popular. Em Leipzig, ativistas participaram de duas mobilizações, incluindo uma mobilização ao lado do bloco internacionalista com a Palestina, que sofreu assédio policial. 

Em Hamburgo, o Comitê Vermelho das Mulheres se mobilizou junto com ativistas pró-palestinos no bairro proletário de Mümmelmannsberg. Em um comício, o papel das mulheres no Brasil e na Palestina foi destacado. A polícia tentou impedir a mobilização e assediou os ativistas. Em Bremen, o Comitê Vermelho das Mulheres e o Roter Bund realizaram um comício no bairro de Tenever, destacaram a luta das mulheres na Palestina e no Brasil e distribuíram folhetos denunciando a situação das mulheres na Alemanha.

Na Noruega, foram realizadas manifestações nas cidades de Bergen, Kristiansand e Oslo, com grande presença revolucionária. Na ocasião, blocos anti-imperialistas foram formados, levantando as bandeiras da Liga Anti-Imperialista (LAI), da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e o exemplo da luta das mulheres brasileiras, organizadas principalmente no MFP. 

O Comitê Revolucionário do Estado Espanhol também realizou manifestações em cidades como Valência e Madrid. Na Grécia, houve mobilizações de massas em várias cidades do país, nas quais blocos do Partido Comunista da Grécia (Marxista-Leninista) KKE (m-l) participaram das mobilizações em Atenas e Tessalônica.

Na Irlanda, socialistas republicanos realizaram uma campanha de panfletagem e colagem de cartazes por ocasião do Dia Internacional da Mulher Proletária na cidade de Galway, na qual o exemplo das mulheres na revolução irlandesa foi destacado. Através do portal An Phoblacht Abú, os revolucionários irlandeses afirmaram: “A opressão das mulheres irlandesas está incorporada no sistema imperialista – a emancipação das mulheres só é possível através da libertação nacional e da revolução socialista.”

A Ação Anti-Imperialista da Irlanda denunciou a prisão das ativistas republicanas Nuala Perry e Christine Connor na noite do dia 8 de março pela ocupação britânica. As ativistas foram enviadas para a prisão Hydebank, situada ao sul de Belfast, na Irlanda ocupada. 

Em Londres, Inglaterra, revolucionárias e ativistas organizados na Frente Anti-Imperialista (FAI) compareceram à marcha. 

Ao redor do mundo, avança a organização revolucionária do proletariado e das massas oprimidas do mundo. Como expressão, avançam também as organizações de mulheres revolucionárias, que hoje compõem mais da metade das camadas oprimidas no mundo. 

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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