Dinamarca: Maoistas promovem evento sobre a Rebelião de Stonewall

Dinamarca: Maoistas promovem evento sobre a Rebelião de Stonewall

Print Friendly, PDF & Email

Evento promovido pelos comunistas dinamarqueses pela passagem dos 50 anos de Stonewall

No último dia 28 de junho, militantes revolucionários de Copenhagen, capital da Dinamarca, realizaram um evento aberto no 50° aniversário da Rebelião de Stonewall, histórico episódio ocorrido em 1969, em Nova York, USA.

De acordo com o site alemão Dem Volken Dienen, vários setores das massas se fizeram presentes no evento, organizando vendas de lanches e também de literatura revolucionária. No outro dia, uma faixa foi pendurada em um bairro proletário da cidade em celebração à Rebelião.

Os comunistas alemães acrescentaram afirmando: “O desenvolvimento do trabalho de massas na Dinamarca e o desenvolvimento do trabalho democrático em bairros proletários”.

A rebelião de Stonewall

No final da década de 1960, no USA, relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas criminosas em vários estados no país. Os poucos estabelecimentos da época que aceitavam homossexuais e outros setores marginalizados da população eram bares como o Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, Nova York.

Na madrugada do dia 28 de junho de 1969, a polícia invadiu o local e agrediu os frequentadores, detendo 13 pessoas sobre a acusação de venda de bebida alcoólica (o estabelecimento não tinha licença para isso) e de “violação ao estatuto de vestiário” (naquela época, era exigido, por lei, que as pessoas usassem pelo menos três peças de roupas consideradas “apropriadas” ao seu sexo).

Faixa pendurada em bairro proletário de Copenhagen celebra os 50 anos da Rebelião de Stonewall

Em reação à violência policial, frequentadores do bar e moradores do bairro se reuniram e revidaram atirando garrafas, ou o que tinham às mãos, contra os policiais. Os agentes tiveram que montar uma barricada para se proteger, mas um dos ativistas ateou fogo ao local onde eles estavam.

Os protestos prosseguiram por cinco dias contra a criminalização e perseguição da homossexualidade, com uma brava resistência dos manifestantes combativos, que foi um dos pontos para o começo da luta pelos seus direitos democráticos.

Um ano após a Rebelião, a homossexualidade deixou de ser crime em Nova York, conquistando direitos por séculos relegados, dentro do país autointitulado “promotor da liberdade”.

Manifestantes enfrentam a repressão policial durante a Rebelião de Stonewall, 1969

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: