Dinamarca: Moradores fazem pichações contra lei de segregação social

Dinamarca: Moradores fazem pichações contra lei de segregação social

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No bairro Sjælør Boulevard, localizado no sudoeste de Copenhague, uma área designada como “zona residencial exposta” (marcada pela nova lei reacionária como um “gueto”) na capital da Dinamarca, moradores e ativistas populares levaram a cabo uma campanha de pichações com a palavra de ordem: Esmagar a lei do gueto! Defenda o nosso bairro! A ação foi realizada em um estacionamento perto de um supermercado e duas escolas, e foi divulgada pelo portal revolucionário Socialistik Revolution, no dia 9 de outubro.


Pichação realizada por revolucionários dinamarqueses. Foto: Socialistik Revolution

A ‘Lei do Gueto’

De acordo com o portal alemão revolucionário Dem Volke Dienen, a “lei do gueto” designa 29 bairros da Dinamarca como sendo oficialmente “guetos” (periferias), com base em estatísticas como a taxa de emprego, taxa de rendimento, nível de educação, criminalidade e, em particular, a taxa de habitantes com “antecedentes não ocidentais” (imigrantes).

Para esses bairros, existem planos para aumentar a vigilância com câmeras, dobrar a pena para todos os crimes cometidos, forçar as crianças do jardim de infância a frequentar pelo menos 25 horas semanais de escola (para que sua educação possa ser monitorada pelo Estado imperialista) e, na mesma direção, impedir que os moradores de famílias migrantes viajem frequentemente para seus países de origem, pois isso iria “interferir na educação da criança”, colocando uma pena de prisão de quatro anos às famílias.

Além disso, a “lei do gueto” dá liberdade aos grandes proprietários imobiliários e empresas proprietárias dos apartamentos e casas dos bairros para “melhorar” a situação habitacional, concedendo direitos para demolir casas antigas em favor de novas casas ou para “renová-las”, abrindo precedente para o uso especulativo dos terrenos. Isto levará inevitavelmente a uma situação em que a moradia acessível de muitas pessoas seja derrubada em favor de uma muito mais cara.

Essa medida é parte do processo de incremento do Estado policial, com maior restrição às liberdades individuais e democráticas, processo que tem sido impulsionado na Europa e no “primeiro mundo”, em geral.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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