Em março, foi aprovada a liberação de cerca de R$ 11,9 bilhões para as operadoras de plano de saúde e R$ 2,7 bilhões para seguradoras, enquanto o SUS é entregue às OSS.
Os recursos são oriundos do fundo garantidor que é gerenciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O fundo garantidor criado em 2012 é uma garantia para pagamento dos trabalhadores e fornecedores nos casos de falência dos planos de saúde.
Atualmente cerca de 80% do total de 47 milhões de clientes dos planos de saúde fazem parte de contratos coletivos, realizados com o intuito de reduzir os abusivos valores cobrados. Os planos de saúde em conjunto com as seguradoras atendem cerca de 15% da população brasileira.
De acordo com ANS os planos de saúde e as seguradoras devem cerca de R$ 1,7 bilhão por procedimentos realizados pelos SUS no período de 2001 a 2019, valor que equivale aos gastos do SUS com todas as vítimas de trânsito entre 2013 a 2018, cerca de 1 milhão de pessoas. As principais operadoras do país são controladas por grandes corporações, uma delas é a americana UnitedHealth Group, dona da Amil, outra é o Bradesco.
O Velho Estado alega que as referidas ações são as melhores para o combate a pandemia quando na verdade elas atendem aos interesses das grandes corporações que mesmo em meio a tantas mortes buscam manter e até mesmo aumentar seus lucros.
Manifestantes defendem a Saúde Pública, em São Paulo. Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo