Depois de meses aterrorizando moradores dos Morros da Rocinha e Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro, na tarde da última terça-feira (8 de maio), policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) tiveram duas baixas. Um sargento e um soldado foram baleados durante uma operação de guerra e o sargento, Anderson Luiz Rosa da Conceição, 40 anos, morreu. Nas redes sociais, moradores compartilharam o desespero de duas horas de intenso tiroteio que pararam a Rocinha durante quase toda a tarde.
— Muitos tiros aqui na Rua 2. Vai fazer um ano que nós não temos paz. A polícia só vem aqui para tirar o nosso sossego — comentou uma moradora.
Um morador foi baleado no pescoço e levado por vizinhos para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. Cristiano de Oliveira Santana, de 29 anos, estava dentro de casa quando foi atingido. Quando saía do hospital, a vítima ainda foi conduzida para a delegacia para prestar esclarecimentos. Uma estudante de 15 anos ficou no meio do tiroteio, desmaiou e teve que ser socorrida por vizinhos. Ela foi atendida no Miguel Couto e liberada em seguida.
Durante a ação das tropas militares do velho Estado, a Avenida Niemeyer ficou fechada por horas e agora moradores esperam apreensivos por uma retaliação da Tropa de Choque da PM, já que nos últimos episódios de policiais mortos no Rio de Janeiro, as favelas vizinhas foram assoladas por dias de chacinas e derramamento de sangue.
Foto ilustrativa