Doutor Araguaia: documentário que retrata a vida de João Haas será lançado em São Leopoldo

O filme é resultado de mais de três anos de entrevistas e pesquisas sobre a vida do militante comunista João Carlos Haas. Sua irmã, Sônia Haas, responsável pelo roteiro, é parte do conselho editorial de AND.
Sônia Haas posa com foto de seu irmão João Carlos Haas Sobrinho. Arquivo pessoal

Doutor Araguaia: documentário que retrata a vida de João Haas será lançado em São Leopoldo

O filme é resultado de mais de três anos de entrevistas e pesquisas sobre a vida do militante comunista João Carlos Haas. Sua irmã, Sônia Haas, responsável pelo roteiro, é parte do conselho editorial de AND.

Doutor Araguaia, documentário de Edson Cabral que retrata a vida de João Carlos Haas Sobrinho, será lançado nesta quarta-feira, 13, em São Leopoldo (RS), no Cinesystem, Shopping Bourbon, na rua Primeiro de Março, 821 e no sábado, dia 16, em Porto Alegre, na Casa Diógenes de Oliveira, na rua Lopo Gonçalves, 495, na Cidade Baixa. 

O filme conta sobre a vida de um dos mais célebres combatentes da Guerrilha do Araguaia, assassinado pelo regime militar em Xambioá, região do Bico do Papagaio em 1972.

Haas, nascido em 1941 em São Leopoldo, foi parte do movimento estudantil que se politizou durante a luta contra o regime militar fascista. Em 1963 foi eleito presidente do Centro Acadêmico de Medicina da UFRGS e em 1964, logo no início do golpe militar, foi preso com outros estudantes, ficando um mês na cadeia. Filiou-se ao PCdoB, à época um partido revolucionário, e passou a integrar os contingentes de militantes que conformariam as Forças Armadas Revolucionárias do Araguaia ao se deslocar para a região do Bico do Papagaio, no norte do atual estado do Tocantins.

Lá desenvolveu uma forte militância política clandestina, atuando como médico, o primeiro da região, salvando incontáveis vidas de camponeses e indígenas, abandonados pelo governo, e criando sólidas ligações com as massas. João Carlos Haas até hoje é lembrado na região como médico e amigo do povo.

Em meio ao confronto com as forças armadas reacionárias, tombou em combate em 1972, junto de muitos de seus camaradas. Até hoje seu corpo nunca foi encontrado, assim como de muitos militantes comunistas.

O filme, resultado de mais de três anos de entrevistas, contou com pesquisa e argumento de Sônia Haas, irmã de João e defensora dos direitos do povo, que compõem o Conselho Editorial de AND. Ficamos extremamente felizes pela consecução deste projeto e convidamos a todos a prestigiarem Doutor Araguaia.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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