Edições Impressas

Ano XXII, n° 253 – Setembro e Outubro de 2023
A América Latina continua a desenvolver-se como um barril de pólvora, com os novos episódios das crises econômica e política no subcontinente.
A morte de Evgeny Prigozhin, no fim de agosto, revela a decomposição da frente bélica invasora russa. O líder militar, que por décadas prestou serviços não oficiais ao governo da Rússia, foi enterrado sem a presença de autoridades políticas ou militares da Rússia após queda de seu avião. Foi o preço a pagar por ter questionado autoridades militares da cúpula do Exército russo, em meio à guerra de agressão à Ucrânia.
O latifúndio segue avançando suas pautas, tanto nas instituições reacionárias dessa velha democracia, como em terreno, com suas tropas de pistoleiros a soldo.
Entre o final de julho e início de agosto, em um período de menos de cinco dias, 45 pessoas foram assassinadas em chacinas policiais nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Destes estados, dois são governados por bolsonaristas (Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas) e um pelo petista Jeronimo Rodrigues, o que demonstra que a chacina de pobres e pretos é um ponto para onde convergem a “política de segurança” de ambos os grupos, bolsonarista e lulista.
Refém do Congresso Nacional; obrigado a entregar cargos e prerrogativas ao “centrão” e ter como aliada a “bancada ruralista” (latifundiários no Congresso); estar tutelado pelas Forças Armadas reacionárias através do seu Alto Comando intervencionista. Essas palavras descreveram com precisão os últimos dois anos do governo Bolsonaro e seguem válidas para descrever o atual governo de Luiz Inácio.