Editorial semanal – Sociedade enferma de um sistema de exploração caduco

Editorial semanal – Sociedade enferma de um sistema de exploração caduco

São estarrecedoras as cenas dos diversos atentados contra escolas que acometeram diferentes regiões do País. Em grande parte empreendidos por adolescentes, os episódios brutais se repetiram em SP, SC, AM, GO e outros estados, sem mencionar os incontáveis casos de tentativas frustradas. Destaca-se o atentado empreendido por um homem contra uma creche, ceifando a vida de crianças com média de 4 anos de idade.

Esses casos de ignomínia bestial revela, em primeiro lugar, o esgarçamento dos laços sociais. Por trás e como razão disso, está todo o individualismo torpe, difundido desde sempre pelas antenas dos monopólios dos meios de comunicação, e reproduzido no dia a dia, na cultura do desprezo ao próximo, indiferença de uns pelos outros – valores fundados como justificativa para a exploração e opressão mais abjetas, como a que ocorre em nosso País, contra os operários, assalariados de modo geral, os pobres da cidade e os camponeses pobres no campo. Em uma sociedade, submetida a um sistema de exploração e opressão, já em estágio avançado de putrefação, as relações antagônicas de classes quanto mais desorganizadas se acham as classes exploradas e oprimidas sob o tacão da ideologia burguesa e semifeudal, com maior força essa ideologia influencia e se impõe degradando os valores sadios, levando-os às raias da demência. Muito mais agora, com a importação mais ultrajante à vida nacional da cultura norte-americana, dos supostos “progressismos” do pós-modernismo sectário e fascista e também, por consequência, importação de sua negação fascista de uma extrema-direita misógina que ultrapassa os limites da insanidade e que tem como promotores, no Brasil, o clã Bolsonaro e outros generais com sua baba hidrofóbica anticomunista; no niilismo agudo ou no hedonismo egoísta e alienado, sobretudo entre os jovens, o vazio moral completo, o culto de toda teoria e psicologia antissocial, de ódio à Humanidade. Enfim, é sinal de uma sociedade escrava de um sistema já senil, a qual vegeta e se autodestrói.

A solução para esse grave problema não é, de jeito nenhum, a introdução de polícias nas escolas, o que só faria acentuar a militarização reacionária já com seu “choque de ordem” reprimindo brutalmente as lutas das massas por suas justas demandas e, em especial, a repressão contra a luta estudantil. Portanto, agravar-se-ia o quadro já colocado. É preciso que, ao contrário, os laços sociais sejam tecidos novamente na comunidade escolar; é preciso que professores, funcionários, estudantes e país integrem-se na defesa das escolas, se organizem através de um sistema democrático de discussões e assembleias para estabelecer modos de controle comungados por todos e todas da comunidade escolar.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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