Matéria reproduzida pelo portal Palestine Chronicle
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sugeriu que a Arábia Saudita deveria estabelecer um Estado para os palestinos nas terras do reino.
“Os sauditas podem criar um Estado palestino na Arábia Saudita; eles têm muitas terras lá”, disse Netanyahu na quinta-feira, durante uma entrevista ao canal israelense 14.
Perguntado se um Estado palestino era necessário para a normalização com a Arábia Saudita, Netanyahu rejeitou a noção, em vez de enquadrá-la como uma “ameaça à segurança de Israel”.
“Especialmente não um Estado palestino. Depois de 7 de outubro? Você sabe o que é isso? Havia um Estado palestino, que se chamava Gaza. Gaza, liderada pelo Hamas, era um Estado palestino e veja o que conseguimos”, afirmou.
Questão de normalização
Sobre a possível normalização com a Arábia Saudita, Netanyahu estava confiante de que ela se concretizaria.
“Acho que a paz entre Israel e a Arábia Saudita não é apenas viável, acho que ela vai acontecer”, disse ele.
O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita afirmou em um comunicado na quarta-feira que sua posição sobre o estabelecimento de um Estado palestino era “firme e inabalável”.
Ele afirmou que o líder saudita, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, enfatizou durante seu discurso na abertura do Conselho Shura em setembro de 2024 que seu país “continuará seus esforços incansáveis para estabelecer um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como sua capital, e não estabelecerá relações diplomáticas com Israel sem isso”.
Comentários sobre ‘assumir o controle’ de Gaza
A entrevista ao Canal 14 ocorreu enquanto Netanyahu estava em Washington, DC, onde ele apareceu ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, em uma coletiva de imprensa conjunta na terça-feira, informou a Anadolu.
Trump disse que os EUA “tomariam conta” de Gaza e reassentariam os palestinos em outros lugares sob um plano extraordinário de redesenvolvimento que, segundo ele, poderia transformar o enclave na “Riviera do Oriente Médio”.
Ele reiterou sua proposta na quinta-feira e disse que não seriam necessários soldados americanos, de acordo com o relatório.
A proposta foi amplamente condenada pelos líderes mundiais.
