Em nota, LCP denuncia chacina e torturas macabras durante operação policial

Movimento afirma ainda que "o sangue derramado será vingado"
Assembleia Popular realizada em 2021 na Área Tiago Campin dos Santos. Foto: Banco de dados AND

Em nota, LCP denuncia chacina e torturas macabras durante operação policial

Movimento afirma ainda que "o sangue derramado será vingado"

A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) de Rondônia e Amazônia Ocidental fez novas denúncias da chacina perpetrada pela Polícia Militar (PM) de Rondônia, na Área Tiago Campin dos Santos (Nova Mutum Paraná). Em nota, o movimento camponês apresenta imagens que comprovam a tortura insana praticada pelas forças de repressão, no dia 28 de janeiro.

Se referindo aos dois camponeses executados (Rodrigo Hawerroth, “Esticado”, e Raniel Barbosa Laurindo, “Mandruvá”), a LCP afirma que “eles não estavam de posse de nenhuma arma; foram rendidos pela polícia militar e na sequência sem nenhuma chance de defesa foram submetidos a torturas brutais e posteriormente chacinados covardemente”. 

O movimento camponês destaca que “as marcas nos corpos dos Companheiros não deixam nenhuma dúvida da crueldade a que foram submetidos, ambos corpos apresentaram muitos hematomas, condizentes com coronhadas de armas e espancamentos, perfurações pelo corpo, inclusive nos olhos, ademais que o Companheiro Rodrigo teve a língua arrancada e as duas extremidades da boca rasgada por objeto cortante”.

A LCP também denunciou que, simultaneamente às torturas e chacina, as tropas realizaram ataques às famílias acampadas próximas à BR-364, com bombas e disparos de fuzil. As familias – segundo o movimento camponês – foram roubadas e tiveram seus pertences destruídos ilegalmente. “Até quando essa tropa de assassinos, de bandidos fardados do velho Estado, seguirão cometendo impunemente torturas e matanças de camponeses?”, questiona.

No fim de seu nota, o movimento camponês afirma que enquanto houver latifúndio a luta pela terra continuará, apesar dos massacres e chacinas, que só fazem “nossas bandeiras ainda mais vermelhas, aumenta o nosso ódio de classe, nossa firmeza e determinação de lutar”. “O sangue derramado dos nossos companheiros serão vingados, responderemos com mesma violência, podem contar como certo! Estamos fazendo as contas e vocês vão pagar caro”, afirma.

A nota, na íntegra, pode ser encontrada no portal do jornal Resistência Camponesa.

Atenção! Imagens fortes

“Mandruvá”, camponês torturado e executado durante chacina em RO
“Esticado”, camponês torturado e executado durante chacina em RO

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: