A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) de Rondônia e Amazônia Ocidental fez novas denúncias da chacina perpetrada pela Polícia Militar (PM) de Rondônia, na Área Tiago Campin dos Santos (Nova Mutum Paraná). Em nota, o movimento camponês apresenta imagens que comprovam a tortura insana praticada pelas forças de repressão, no dia 28 de janeiro.
Se referindo aos dois camponeses executados (Rodrigo Hawerroth, “Esticado”, e Raniel Barbosa Laurindo, “Mandruvá”), a LCP afirma que “eles não estavam de posse de nenhuma arma; foram rendidos pela polícia militar e na sequência sem nenhuma chance de defesa foram submetidos a torturas brutais e posteriormente chacinados covardemente”.
O movimento camponês destaca que “as marcas nos corpos dos Companheiros não deixam nenhuma dúvida da crueldade a que foram submetidos, ambos corpos apresentaram muitos hematomas, condizentes com coronhadas de armas e espancamentos, perfurações pelo corpo, inclusive nos olhos, ademais que o Companheiro Rodrigo teve a língua arrancada e as duas extremidades da boca rasgada por objeto cortante”.
A LCP também denunciou que, simultaneamente às torturas e chacina, as tropas realizaram ataques às famílias acampadas próximas à BR-364, com bombas e disparos de fuzil. As familias – segundo o movimento camponês – foram roubadas e tiveram seus pertences destruídos ilegalmente. “Até quando essa tropa de assassinos, de bandidos fardados do velho Estado, seguirão cometendo impunemente torturas e matanças de camponeses?”, questiona.
No fim de seu nota, o movimento camponês afirma que enquanto houver latifúndio a luta pela terra continuará, apesar dos massacres e chacinas, que só fazem “nossas bandeiras ainda mais vermelhas, aumenta o nosso ódio de classe, nossa firmeza e determinação de lutar”. “O sangue derramado dos nossos companheiros serão vingados, responderemos com mesma violência, podem contar como certo! Estamos fazendo as contas e vocês vão pagar caro”, afirma.
A nota, na íntegra, pode ser encontrada no portal do jornal Resistência Camponesa.
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