Em nota, UCL denuncia uso do judiciário maranhense como balcão de negócios do latifúndio 

A comunidade denuncia a utilização do judiciário maranhense como um verdadeiro balcão de negócios da família de latifundiários e da participação do “sindicato” de trabalhadores rurais como legitimadora da entrega de terras do povoado baseados em documentação falsificada.
Reprodução: UCL

Em nota, UCL denuncia uso do judiciário maranhense como balcão de negócios do latifúndio 

A comunidade denuncia a utilização do judiciário maranhense como um verdadeiro balcão de negócios da família de latifundiários e da participação do “sindicato” de trabalhadores rurais como legitimadora da entrega de terras do povoado baseados em documentação falsificada.

A União das Comunidades em Luta (UCL) do Vale do Rio Gurupi divulgou uma nota pública denunciando a participação ativa do judiciário maranhense no processo de entrega de parte das terras da comunidade Gleba Campina para a família de grileiros Finger. Na ocasião, a negociação foi encabeçada por um juiz com histórico de afastamento por venda de sentenças, levando fúria aos camponeses de Gleba Campina que decidiram se mobilizar contra “esse favorecimento de bandidos”, conforme a nota que pode ser lida neste link

A comunidade denuncia a utilização do judiciário maranhense como um verdadeiro balcão de negócios da família de latifundiários e da participação do “sindicato” de trabalhadores rurais como legitimadora da entrega de terras do povoado baseados em documentação falsificada.

Os camponeses denunciam que o judiciário ameaçou desocupar todas as terras de Gleba Campina caso não aceitem entregar “de bom grado”. 

Cansados de ataques e ameaças do latifúndio, a UCL afirmou que não se trata de uma causa perdida, colocando que há a alternativa de organizar as famílias camponesas, homens e mulheres do povo, em uma resistência ativa contra as imposições do judiciário corrupto que beneficia um punhado de latifundiários sem qualquer vínculo com aquela terra . 

“É preciso dizer: muitos deles [os latifundiários] são bandidos já com crimes nas costas, para muito além do roubo de terras. Estelionatários, sonegadores, contrabandistas, traficantes e até assassinos. Posam de ‘produtores’, de ‘empresários’, mas na verdade são o que de pior existe em nosso país. Gente que só pensa em uma coisa: ganhar dinheiro fácil, não importa como. Contra esse tipo de gente temos que levantar um grande movimento de resistência do povo trabalhador do campo no Maranhão! Organizar as famílias honradas, os milhões de homens e mulheres que produzem tudo e que hoje não têm direito a nada, nem a viver em paz em cima de sua própria terra.” afirmou a nota da UCL, divulgada pelo Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (Comsolute).

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A UCL afirmou que irá apoiar todas as comunidades camponesas que escolherem pela resistência ativa contra as negociatas que só beneficiam os latifundiários, verdadeiros ladrões da terra, apontando que a união camponesa é capaz de dar combate as hordas de pistoleiros e demais serventes do latifúndio. 

Em seguida, foi realizado um chamado a todas as comunidades camponesas, indígenas e quilombolas do Maranhão. “O nosso caminho deve ser: unir todas as comunidades na luta decidida contra a grilagem, organizar a resistência ativa em defesa de nossas terras, mobilizar o apoio concreto dos trabalhadores das cidades e impedir o avanço do latifúndio. Assim conquistar um Maranhão e um Brasil onde a terra seja de fato de quem nela vive e trabalha!

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