Israel destrói construções palestinas com escavadeiras. Foto: Hazem Bader / AFP
No dia 3 de novembro, forças militares de Israel invadiram a pequena comunidade camponesa de palestinos chamada Khirbet Humsa, no norte do vale do rio Jordão, e destruíram suas casas e meios de vida com escavadeiras e bulldozers, deixando 74 pessoas desabrigadas, das quais 41 são menores de idade.
Os sionistas demoliram 18 construções residenciais, 29 tendas e galpões usados como cercados para gado, três galpões de armazenamento, nove tendas usadas como cozinha comum, 10 banheiros, 10 currais de gado, 23 recipientes de água, dois painéis solares e bebedouros para os animais. Eles também destruíram mais de 30 toneladas de forragem para gado e confiscaram um veículo e dois tratores.
Em um vídeo divulgado pela ONG B’Tselem, um dos palestinos que vivia na aldeia, ‘Abd al-Ghani ‘Awawdeh, conta: “Os militares israelenses vieram com jeeps e bulldozers. Eles ordenaram que nós esvaziássemos nossas casas e nos deram apenas 10 minutos. Obviamente, não é tempo suficiente para esvaziar uma única tenda. Nós não tivemos tempo de tirar tudo. Eles demoliram com todas as nossas coisas lá dentro”.
A comunidade pastoril ficava localizada no norte da Cisjordânia, histórico território palestino, em uma região ocupada por Israel desde 1967 que vive sob controle territorial, social e político dos israelenses. Nessa área, as ameaças de demolição são permanentes, e é praticamente impossível para os habitantes palestinos conseguirem permissão para construírem nela, sendo forçados a emigrar. Essa mesma região está sob ameaça de ser anexada por Israel, segundo os últimos planos anunciados pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que recebeu apoio do Estados Unidos (USA).