Manifestantes protestam e exigem a renúncia de Guillermo Lasso em uma barricada em chamas em Quito, Equador, 20 de junho de 2022.
Continua no Equador a greve camponesa iniciada no dia 13 de junho. Nesse período, a greve se transformou em uma grandiosa rebelião popular de camponeses, operários e demais massas populares, que tomou o país de cima a baixo e cercou a capital, Quito, pelos campos. Milhões de camponeses rumaram à Quito para protestar exigindo a renúncia de Guillermo Lasso da presidência e outros milhares continuam a bloquear estradas, poços de petróleo em protestos no interior do país contra toda a velha ordem de opressão e exploração.
A polícia de choque reprime camponeses que chegam a Quito, em 19 de junho de 2022. Foto: Reuters/Johanna Alarcon
Ao menos 16 das 24 províncias do Equador se encontram mobilizadas pela greve. Dessas províncias, antes, estavam em estado de exceção apenas as províncias de Pichincha (cuja capital é Quito), Cotopaxi e Imbabura. Entretanto, o governo do presidente banqueiro Guillermo Lasso, acuado, o estendeu também à Chimborazo, Tungurahua e Pastaza.
Camponeses que chegam a Quito realizam bloqueios de vias. Foto: Reuters/Johanna Alarcon
Somente em Cotopaxi, epicentro das manifestações na primeira semana, houveram mais de 63 ações de massas registradas pelo Ministério do Interior. Além disso, já são mais de uma dezena os policiais e militares sequestrados pelas massas rebeladas em todo o território equatoriano e mais de 15 viaturas atacadas.
Diante da grande rebelião popular, Lasso, desgastado e fraco, disse que aumentará a ajuda econômica para setores vulneráveis, subsidiará o preço da uréia em até 50% para pequenos e médios agricultores, e os bancos públicos anularão todos os empréstimos vencidos de até três mil dólares, assim como não haverá aumento nos preços dos combustíveis, nem privatização dos serviços públicos e setores estratégicos. Promessas que não foram capazes de enganar as massas e desviá-las do caminho combativo da luta popular.
Manifestantes protestam e exigem a renúncia de Guillermo Lasso em uma barricada em chamas em Quito, Equador.
Os manifestantes denunciam que as medidas do governo reacionário e vende-pátria não resolvem os problemas econômicos enfrentados por milhares de famílias todos os dias. A situação da economia camponesa arruinada e os salários de fome dos operários e trabalhadores que diminuem a cada crise, assim como os direitos retirados a cada acordo com o imperialismo – tudo está sendo questionado pelas massas em rebelião no Equador. Os manifestantes exigem a saída do presidente ultrarreacionário, além do cumprimento dos 10 pontos da Agenda Nacional de Lutas lançados no início da mobilização.
Dois jovens assassinados desde o início da greve
#URGENTE | En un comunicado la @PoliciaEcuador aseguró que el comunero Guatatuca, habría fallecido producto de una manipulación de un artefacto explosivo. En este video vemos cuál es el artefacto y quien es el responsable de su muerte.#IndymediaEc #ParoEcuador2022 #EcuadorToday pic.twitter.com/29vp0Pm4c9
— Indymedia Ec (@indymedia_ec) June 22, 2022
Já são dois os jovens assassinados durante a greve nacional. A vítima mais recente, em 22/06, da repressão policial brutal foi Guido Guatatuca, um jovem Kichwa, na cidade de Puyo, que morreu com o disparo de uma bomba de gás lacrimogêneo contra o seu rosto, permanecendo cravada nele. Para negar o assassinato, a polícia afirmou que Guido morreu por “manipular explosivos”, entretanto, vídeos do seu assassinato mostram claramente que fora uma bomba de gás lacrimogêneo. Guido era um jovem camponês da paróquia de Curaray, fronteira do Equador com o Peru, que pertence ao cantão de Arajuno.
Banco de Guayaquil é destruído após assassinato de camponês pela polícia. Foto: Reprodução
Após a sua morte, os camponeses em Puyo, rebelados, uma delegacia policial, destruíram uma agência do Banco de Guayaquil, tomaram a sede do governo e queimaram diversas viaturas policiais.
A família de Jhonny segura um cartaz escrito “deste tua vida em luta por um porvenir melhor para todos”. Foto: Patricia Armijos
Um jovem de 22 anos, Jhonny Saúl Félix Muenala, que se encontrava em uma marcha à Quito desde a comunidade de Cayabembe, na província de Pichincha, morreu ao cair de um barranco durante a repressão policial aos manifestantes que chegavam à Guayllabamba, próximo a Quito. O jovem caiu cerca de 100 metros, em meio ao disparo de bombas de gás lacrimogêneo pela Polícia do Equador, no dia 20/06.
Seus familiares que marchavam junto a Quito afirmam que durante horas escutaram o jovem pedindo ajuda, caído. A brutal repressão policial e a escuridão da noite não permitia o acesso aos familiares, amigos e vizinhos, ao local em que estava o jovem.
Jhonny havia se tornado pai há sete meses de um menino e, de acordo com sua família, marchou até Quito para exigir um futuro melhor para o seu filho. Sua mãe diz que diz que “como todos”, ele protestava contra a difícil situação econômica.
Foto de Jhonny Félix com seu filho. Fonte: El Comércio
Outras três pessoas ficaram feridas pela repressão. Uma por bomba de gás lacrimogêneo e duas por balas de borracha. Cerca de sete pessoas foram presas.
O grupo de camponeses da comunidade conseguiu romper o cerco policial e caminhou das 3h da manhã até o meio dia, até chegar à Capital.
Povo marcha a Quito
Manifestantes recebem com comemoração os camponeses que chegam a Quito, em 20 de janeiro de 2022.
Apesar dos bloqueios policiais e dos toques de recolher impostos pelo governo reacionário, milhares de camponeses, operários e outros trabalhadores chegam em Quito marchando a pé ou em caminhões e carros para participar das manifestações na capital. Desde o início da greve o governo reacionário de Lasso lançou mão de uma repressão covarde contra as massas em luta, mobilizando as Forças Armadas reacionárias para atacarem os manifestantes, que resistem como podem.
Manifestante é socorrido por profissionais da saúde após se intoxicar com gás lacrimogêneo disparado pela polícia.
O que tem se evidenciado, apesar da repressão e prisões contra manifestantes , é que os manifestantes têm conseguido entrar na cidade e já são recebidos com comemoração pela massa da capital nas principais vias de chegada e por outros manifestantes que já se encontravam no local. Alunos das universidades de Quito têm aberto as portas das universidades para receber os manifestantes, onde também têm se produzido batalhas campais contra a repressão policial.
Camponeses chegam de todo o interior do país até Quito, em 19 de junho.
Em Quito, no dia 17/06, a luta foi contundente e combativa. O transporte estava paralisado na maior parte da cidade e a luta para romper o cerco em torno do Palácio do Governo desencadeou verdadeiras batalhas. No centro da cidade, as massas resistiam aos militares reacionários. Houve também ações destinadas a minar as intenções do governo de entregar a gestão da segurança interna ao USA e particularmente a Israel. Em meio ao cerco da repressão, manifestantes realizaram um ato de queima da bandeira israelense em denúncia da condição semicolonial que o governo de Lasso busca impor à nação.
Durante o dia 18, dezenas de manifestantes se reuniram no extremo sul de Quito. Na área de Cutuglagua, onde ocorria um bloqueio, uma equipe das Forças Armadas e da Polícia Nacional foi enviada para reprimir o povo. Entretanto, minutos depois, os manifestantes concentraram-se ao norte, onde novos confrontos ocorreram. A Agência Metropolitana de Trânsito (AMT) relatou o fechamento de estradas devido a manifestações em outros cinco pontos da capital.
Jovens camponeses, operários e estudantes protestam em Quito. Foto: Thomson Reuters
Foto: FDLP-EC
A sede da Casa da Cultura do Equador (CCE), em Quito, fundada em 1944 e que concentra os museus, a cinemateca e a biblioteca da capital, foi tomada pela Polícia do Equador no dia 19/06 para ser transformada em um posto policial. O presidente da sede afirmou que a última vez que a sede da Casa da Cultura foi tomada pela polícia foi há 46 anos atrás, sob o regime militar-fascista.
A tomada da CCE se deu após o Ministério Público equatoriano receber uma “denúncia anônima” de que nos interiores da CCE havia um grupo de pessoas, inclusive estrangeiros, armazenando materiais bélicos como explosivos e armas artesanais, a fim de entrar na Presidência da República. Nada foi encontrado dentro das instalações. O único “crime” que a CCE cometeu foi, durante a rebelião de 2019, abrigar por dias manifestantes que se dirigiram do interior do país a Quito para protestar.
O carro da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Ecuador (Conaie), onde se encontrava o presidente da organização, foi baleado no dia 18/06, enquanto estava estacionado em frente a uma emissora de televisão. Além disso, caminhões cheios de militares e policiais estão instalados ao redor da sede da Conaie em Quito, promovendo seguimentos através de câmeras de vigilância, inserindo agentes encobertos e realizando fustigamentos contra os manifestantes durante a madrugada.
Así se ve desde una toma aérea la Av. Patria, centro norte de #Quito, @PoliciaEcuador continúa reprimiendo a manifestantes pacíficos #ParoNacionalEC@barricadatv @movimientosalba @ZoPepperC @InfoNodal @asambleapueblos @Red_Accion @Tegantai @AbacaleroLibre @CdesEcuador pic.twitter.com/iF4L3DT6iG
— #Nuestroamericano (@CentroDePrensa) June 21, 2022
Aliança operário-camponesa
Foto: FDLP-EC
Na província de Imbabura, particularmente na cidade de Ibarra, a aliança entre operários e camponeses paralisou completamente a cidade. O comércio foi fechado, a polícia foi repelida e todas as atividades locais foram paralisadas.
A Frente de Defesa dos Trabalhadores de Imbabura, que reúne diversos sindicatos entre operários e trabalhadores rurais, bloqueou as principais entradas e saídas para a cidade, exigindo a saída de Guillermo Lasso do governo e afirmando que não há possibilidade de negociação com o presidente banqueiro. Os trabalhadores apontaram, além disso, que nenhum dirigente popular poderia estar falando em “diálogo”, e que a única saída para a crise vem com a saída de Lasso. Em Ilumán, apesar de um grupo de organizações oportunistas ter decidido não aderir às mobilizações, as massas de maneira independente e combativa realizaram a paralisação da Rodovia Pan-Americana.
Fotos: FDDT-I
Em Chimborazo, os Comitês de Camponeses Pobres (CCP) fecharam novamente a estrada que liga a província a Pallatanga. O centro da cidade também foi completamente tomada pelos povos indígenas e camponeses. Além disso, muitas massas do CCP marcham rumo à capital.
Camponeses impedem a produção de petróleo para a exportação
O petróleo é o principal produto de exportação do Equador. Camponeses e operários, cansados de ter que pagar caro por um produto abundante – que se dirige apenas aos países imperialistas e por preços baixíssimos – e que é explorado em largas extensões de terra – ocupando as terras camponesas e expulsando-os –, bloquearam massivamente os campos de petróleo espalhados pelo território nacional e chegaram a tomar instalações da Petroecuador. Atualmente são mais de 609 poços de petróleo paralisados na região amazônica.
O gerente geral da Petroecuador também apontou que houve 124 “incidentes em estradas dentro de suas áreas de operação”, como o corte de árvores para bloquear estradas, o que os levou a apresentar 20 denúncias por sabotagem, sem nenhuma detenção até o momento.
Em Limoncocha, no bloco petrolífero 15, em Sucumbíos, camponeses que buscavam entrar no bloco para protestar contra a exploração de petróleo em suas terras responderam à repressão de dezenas de militares das Forças Armadas reacionárias e cerca de 10 militares feridos gravemente foram encaminhados ao hospital.
Camponeses bloqueiam o bloco petrolífero 15, em Limoncocha. Foto: Reprodução
Já na cidade de San Sebastián del Coca, localizada na província de Orellana, a população local, que realizava o bloqueio da ponte no Cañón de los Monos, foi brutalmente reprimida no dia 19/06 pelo Exército reacionário para que passassem caminhões de uma petrolífera. O povo bloqueava há seis dias a ponte, permitindo a passagem somente de pedestres, veículos de emergência e em um horário estabelecido para a passagem de veículos em geral.
O ataque contra os trabalhadores se iniciou às 2h da madrugada e os camponeses e operários resistiram por cerca de duas horas contra dezenas de bombas de gás lacrimogêneo utilizadas pelos militares reacionários. Um veículo foi posto em chamas pela população local. No final, os militares retrocederam diante da fúria das massas e o bloqueio continuou na ponte Payamino.
⚠️ Militares arremetieron contra ciudadanos de San Sebastián del Coca en #Orellana para que camiones ingresen a las petroleras. Así que el gobierno nos defendiera de la delincuencia que asedia el país!! pic.twitter.com/wOXIgd9C4r
— CONFENIAE (@confeniae1) June 19, 2022
Em outro setor da província de Orellana, na paróquia de Dayuma, a comunidade Waorani de Yawepare realizou um bloqueio na estrada para Pindo e, desafiando a presença do Exército reacionário na área, a comunidade se recusou a permitir que os geradores do bloco petrolífero 14 fossem ligados.
#Denuncia ???@PoliciaEcuador en #Orellana usa explosivos y municiones contra manifestantes @PauloAbrao @TaniaReneaum @movimientosalba @asambleapueblos @ZoPepperC @ComiteFamiliar1 @abuelasdifusion @inredh1 @cedhu @DDHH_Alianza @CIDH @ONU_derechos #ParoEcuador2022 pic.twitter.com/YkSFye77AU
— #Nuestroamericano (@CentroDePrensa) June 20, 2022
No dia 19/06, na província de Pastaza, na cidade de Villano, camponeses mantiveram o bloqueio do bloco petrolífero 10, que ficou sob vigia durante toda a semana com policiais e militares.
Camponeses tomam prédios governamentais em todo país
A sede de governo da província de Pastaza, na cidade de Puyo, foi completamente tomada por manifestantes. Mais de 300 camponeses foram em marcha até o local desde de diferentes comunidades interioranas, derrubaram as grades de ferro cercadas por policiais que impediam o seu avanço e, diante da grande superioridade numérica em relação aos contingente de militares reacionários, que nada puderam fazer para prevenir a ação vitoriosa das massas, o povo tomou a sede do governo. Um militar das Forças Armadas reacionárias foi levado até o hospital durante o enfrentamento com a massa.
Camponeses tomam a cidade de Puyo. Foto: El Universo
Puyo, Pastaza. No tenemos gobernador. pic.twitter.com/Phb7p2xgMN
— Chrsropher (@Chrsropher1) June 17, 2022
Na província de Macas, cidade de Morona Santiago, mais de uma centena de pessoas romperam o cerco policial e tomaram, também, a sede do governo. Na província de Guaranda, cidade de Bolívar, os manifestantes conseguiram adentrar à sede do governo e a ocuparam, colocando as bandeiras de seus povos no terraço.
‘Não queremos diálogo, marcharemos até Guayaquil’
No dia 18/06, indígenas de La Maná, província de Cotopaxi, anunciaram uma marcha até Guayaquil, a segunda maior cidade do país. “Tomamos uma decisão: avançaremos para a cidade de Guayaquil, vamos chegar lá. Nós não queremos diálogo, queremos que o governo se retire”, disse um líder indígena após a comunidade camponesa ser atacada pela Polícia Nacional. E ele garantiu que eles irão para a cidade apesar dos obstáculos colocados pela Prefeitura de Guayaquil, como caminhões e maquinaria pesada nas cinco entradas da cidade para impedir a entrada de manifestantes.
‘Até que o banqueiro seja derrubado!’
Camponeses de todo o país chegam a Quito no dia 19 de junho. Foto: Reuters/Johanna Alarcon
A Frente de Defesa das Lutas do Povo (FDLP) do Equador afirma que, uma vez que as massas atenderam ao chamado e estão se mobilizando por todo país, os 10 pontos da Agenda Nacional de Luta não são suficientes: “a correlação de forças mudou, o cenário é diferente de antes do início das mobilizações, o que agora corresponde é derrubar unilateralmente o banqueiro; não há espaço para diálogo, para acordos, ou não aprendemos de outubro quando Moreno, o cão servil do USA, enganou a liderança indígena/popular?”.
Sobre isso, os revolucionários afirmam que esta não é uma reedição da rebelião de outubro de 2019, as características desta revolta são diferentes: “O velho estado burocrático-latifundiário a aborda de uma maneira diferente, aprendeu uma lição de como eles foram humilhados, esmagados, derrotados naquela rebelião; e as massas o conhecem, e entendemos que as características que devemos imprimir nesta luta também são de um tipo diferente: de desgaste, de enfraquecimento do aparato produtivo, de estrangular as grandes cidades do campo, da deterioração política do governo e de seu aparato repressivo, hoje mais antipopular do que nunca, de isolar os oportunistas até que o golpe final seja dado”.
A repressão covarde destada pelo governo reacionário de Lasso é também denunciada: “A resposta do governo e do Estado foram repressivas, dura, e não podia ser de outra maneira. (…) [tudo isto] dá conta das intenções que tem o regime de manter-se no governo a qualquer preço, de fato assumindo comportamentos fascistas”. E denuncia também que o oportunismo e a reação uniram-se no parlamento para aprovar “o uso progressivo da força, ferramenta legal que clamavam a viva voz os membros da repressão e que sem consideração alguma estão dispostos a aplicá-la atualmente no curso das mobilizações. Isto significa que já existia um plano plenamento definido de perseguição e neutralização de ativistas politicos como antessala à atual campanha repressiva”, relembrando também que antes da convocação da Conaie, um grupo de jovens já havia sido detido sob acusação de “terrorismo” e “atividades subversivas”.
Os revolucionários também asseveram: “Lasso tem apontado que ele não precisa da Assembléia Nacional para governar; ele tem desenvolvido uma campanha populista para ganhar adeptos entre a golpeada cidadania; ele tem envolvido os EUA e Israel em assuntos de segurança interna, cedendo, ainda mais, a soberania nacional; finalmente, ele está confiando na repressão para tentar manter o governo e um projeto político que visa reativar o capitalismo burocrático a partir dos interesses da grande burguesia compradora, dos grandes empresários, banqueiros, proprietários de terras e importadores.”
Por isso, afirmam que “não há volta atrás, esta mobilização deve ir ao fundo e até em cima, devemos expulsar o banqueiro do governo, devemos neutralizar o plano do imperialismo de aprofundar a semicolonialidade de nosso país, devemos selar com luta não só os objetivos de reação, mas também a voracidade discriminatória e racista da grande burguesia que com pretensões grosseiras vomita sua ranço feudal”.
Os revolucionários ainda lançaram uma série de publicações em seu portal apontando para a necessidade de denunciar os crimes da repressão, exigir a libertação imediata de todos os presos políticos e deslindando com as ilusões pacifistas de confiar nas promessas do velho Estado burguês-latifundiário equatoriano serviçal do imperialismo principalmente o ianque.