Trabalhadores da saúde organizados pelo movimento classista bloquearam os principais acessos ao centro da capital do país, Quito, no último dia 5 de agosto, em protesto contra os ataques à saúde pública perpetrados pelo governo de Lenín Moreno. Os manifestantes bradaram Fora Moreno! e outras palavras de ordem.
Cada vez mais médicos, funcionários públicos da área da saúde e dos setores administrativos estão sendo despedidos, o que não só leva esses trabalhadores ao desemprego, mas precariza ainda mais a saúde pública, com menos médicos para atender a população. Graças às políticas do governo, o povo, por sua vez, é obrigado a enfrentar filas enormes, assim como lidar com a falta de medicamentos específicos para os tipos mais variados de doenças.
O que causa ainda mais revolta entre os trabalhadores são os subsídios governamentais escrachados aos grandes burgueses, como o pagamento de combustível para transportadoras privadas, perdão de dívidas para grandes banqueiros e empresários, concessões a latifundiários, enquanto são incapazes de manter um sistema de saúde público de qualidade, que atenda às demandas do povo.
A Frente de Defesa das Lutas do Povo (FDLP) declarou sobre a manifestação: “A mobilização dos trabalhadores de saúde marca o caminho do curso a seguir. Não mais mobilizações, paradas, marchas programadas pelos líderes traidores, oportunistas e revisionistas que querem lavar o rosto com seu próprio suor para não se sentirem oprimidos pelas bases. Não mais paralisações geradas com cálculos políticos cirúrgicos pela Assembléia Nacional do Cidadão que visa traficar com o desemprego, a fome, o desespero e a dor das massas para resolver as contradições entre Rafael Corrêa e Lenín Moreno”.
Cartaz elaborado pela Frente de Defesa das Lutas do Povo (FDLP) do Equador