Relatos de moradores da comunidade São Benedito em Vitória afirmam que no dia 09/09/2024 houveram dois mortos devido a um treinamento da PM no bairro.
O comitê de apoio ao Jornal A Nova Democracia esteve presente no dia 10/09/2024 na comunidade de São Benedito e ouviu relatos de que as vítimas tinham se rendido, o que caracteriza uma ação de execução da polícia militar.
Uma das vítimas foi assassinada covardemente dentro de sua própria casa. Movimentos sociais que atuam no território do Bem estavam realizando uma reunião no dia 10 de setembro para pensar estratégias de denúncias contra a ação criminosa e genocida da PM, e informaram que ações desse tipo já foram levadas tanto ao ministério público quanto à defensoria pública, ambos os órgãos foram notificados sobre as operações de extermínio na sessão no território do bem. Relataram ainda que, desde o início do ano, ao menos 10 execuções foram realizadas pela PM no bairro.
Outro fato odioso ocorreu nesta terça-feira. Ouvimos relatos de dois moradores idosos que nos informaram que nesta terça, 10/09, no horário da reunião dos movimentos sociais, a polícia entrou em suas casas sem mandato e efetuaram uma revista ilegal. A princípio disseram que não encontraram nada, depois voltaram com mais dois policiais e alegaram que existia uma granada no andar de cima da casa, detonando a mesma no próprio interior da casa, claramente um ato de intimidação contra a população da comunidade que também denunciou a truculência, os insultos e xingamentos da PM contra os moradores. Os moradores ainda relataram que os PMs, ao serem questionados sobre quem pagaria o prejuízo da residência, apontaram suas armas em direção aos mesmos.
“Eles não respeitam ninguém, xingam os moradores, Tentam impor a autoridade. Casagrande mandou policial para treinar no morro. Eles tiraram o nome da farda, eles xingam quando pedem a identificação. Toda vez eles sobem o morro sem identificação, joga spray de pimenta, atira com bala de borracha.” – Denuncia um morador.
Um dos moradores disse “o que a polícia faz na favela é o mesmo que faz no campo”.
Os moradores relataram que esse tipo de abordagem da PM é comum e que estão cansados de tantos abusos e assassinatos na comunidade.