ES: Povo se revolta após atropelamentos na BR-101 e faz barricada em chamas exigindo passarela

No dia 22 de maio, quase uma centena de pessoas da comunidade de Seringal, na zona rural de Vila Velha, bloquearam com troncos de árvores em chamas a BR-101 contra os atropelamentos sucessivos de moradores do povoado pela falta de passarelas, iluminação e radar de velocidade na rodovia federal.
Massas se rebelam contra falta de infraestrutura e bloqueiam rodovia com galhos em chamas. Foto: Reprodução
Massas se rebelam contra falta de infraestrutura e bloqueiam rodovia com galhos em chamas. Foto: Reprodução
Massas se rebelam contra falta de infraestrutura e bloqueiam rodovia com galhos em chamas. Foto: Reprodução

ES: Povo se revolta após atropelamentos na BR-101 e faz barricada em chamas exigindo passarela

No dia 22 de maio, quase uma centena de pessoas da comunidade de Seringal, na zona rural de Vila Velha, bloquearam com troncos de árvores em chamas a BR-101 contra os atropelamentos sucessivos de moradores do povoado pela falta de passarelas, iluminação e radar de velocidade na rodovia federal.

No dia 22 de maio, quase uma centena de pessoas da comunidade de Seringal, na zona rural de Vila Velha, bloquearam com troncos de árvores em chamas a BR-101 contra os atropelamentos sucessivos de moradores do povoado pela falta de passarelas, iluminação e radar de velocidade na rodovia federal.

O bloqueio durou quase três horas e os manifestantes denunciaram que, nos últimos meses, um jovem foi atropelado e um idoso foi morto, no dia 14/05, quando atravessava de bicicleta a BR. Os moradores afirmam que os acidentes ocorreram por conta da falta de estrutura e exigem que sejam feitas obras na região. A manifestação contou com o comparecimento massivo do povoado. 

Claro está que, às comunidades rurais, não é apenas a falta de estrutura de deslocamento (seja falta de passarelas, estradas de chão batido ou ramais em péssimas condições) que pesa sobre as massas. É a falta de educação de qualidade, com escolas que se encontram a dezenas de quilômetros de distância, com péssimas estruturas e profissionais mal-remunerados. A isso se acrescenta o direito a saneamento básico negado, ignorado pelas prefeituras locais, que não dispõe de encanamento ou coleta de lixo decentes, o que não impede de cobrar, todos os meses, as contas de água superfaturadas. 

O estopim para esta manifestação, contudo, não esconde outras razões para protestos (que ocorrem diariamente por todo o país). A cada dia que passa, o povo denuncia a falta de estrutura, a falta de empregos, de saneamento básico, assim como exigem melhores condições de seus filhos estudarem, denunciam a carestia de vida e a violência policial. São comunidades abandonadas por prefeituras, governos estaduais e federais, que só lembram da existência desses moradores durante as eleições, quando, ano sim, ano não, vão lá pedir por votos.

Manifestação de moradores exige passarela após atropelamentos. Foto: Reprodução
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