Estado indiano nega tratamento ao professor Saibaba

Estado indiano nega tratamento ao professor Saibaba

Negá-lo cobertores no inverno é uma das violações, diz Varavara Rao

Vários grupos da sociedade civil, grêmios estudantis adivasis e partidos políticos – como o Partido Comunista da Índia (Maoista) – exigiram que o velho Estado indiano proporcione imediatamente cobertores e tratamento médico ao professor GN Saibaba, detido na prisão central de Nagpur, estado de Maharashtra. Segundo o Presidente da Frente Democrática Revolucionária da Índia, Varavara Rao, o professor Saibaba exige ser transferido para a prisão central de Cherlapally, no município de Hyderabad.

Varavara Rao afirmou ainda que “ainda que seu advogado o visite todas as semanas levando os remédios necessários, estes chegam ao Saibaba somente 7 a 10 dias depois”.

O pronunciamento dos ativistas e democratas em apoio a Saibaba ocorreu no dia 17 de novembro, após um debate no Hall da Universidade de Osmania, no município de Hyderabad, estado de Telangana. Os participantes discutiram o caráter político da prisão de Saibaba, que fere grosseiramente o processo jurídico e as convenções internacionais quando lhe nega tratamento à sua pancreatite aguda.

O professor GN Saibaba é um democrata que foi condenado à absurda pena de prisão perpétua por não dar trégua ao criminoso Estado indiano, sempre em defesa dos direitos do povo. Sua incansável luta a favor do povo o rendeu a acusação de ser maoista, o que, para o velho Estado, é suficiente para encarcerá-lo. Ele denuncia que a negligência aplicada contra sua condição de saúde, correndo sério risco de morrer, é deliberada e com o objetivo de aniquilá-lo.

Em fevereiro de 2017, pouco antes de ser preso pela última vez, Saibaba foi internado no Hospital Rockland, em Déli, onde constatou-se sua pancreatite aguda e o prognóstico apontara para a necessidade de uma cirurgia, impedida pelo velho Estado.

“Eu não tenho um cobertor. Eu não tenho um suéter ou jaqueta. À medida que a temperatura diminui, as dores excruciantes e contínuas nas pernas e na mão esquerda aumentam. É impossível para mim sobreviver aqui durante o inverno que começa a partir de novembro. Eu moro aqui como um animal nos últimos suspiros.”, denunciou em carta escrita à sua esposa, Vasantha, no dia 17/10.

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