Kangliepal é preso pelas forças policiais do velho Estado indiano
Sapam Kangliepal, de 38 anos, foi preso pela polícia indiana no dia 8 de agosto, na cidade de Patna, estado de Bihar. Kangliepal é o presidente do Partido Comunista Maoista de Manipur (PCmM), partido revolucionário clandestino que trava uma luta armada pela libertação da região do expansionismo indiano, que a anexou em 1949. A detenção foi realizada por agentes da polícia de Manipur.
Kangliepal já havia sido detido outras vezes e escapou das garras da repressão. Na primeira vez, em 7 de maio 2008, o revolucionário fugiu da sala do tribunal e acabou sendo detido, pouco tempo depois, e enquadrado no Ato de Segurança Nacional do velho Estado indiano. Depois disso, fugiu da ala de segurança do Hospital JN, entre os dias 28 e 29 de dezembro do mesmo ano, durante uma internação para tratar de uma gastrite erosiva.
Junto ao presidente do PCmM, estavam dois dirigentes do Partido Comunista de Manipur (Grupo Guerra Popular) – um partido que também trava luta armada na região. São eles Wahengbam Thoi Luwang (36 anos), secretário de finanças, e o quadro partidário Kangabam Roshan Singh (27).
O PCmM, em meio à luta armada como forma principal de luta, organiza a população para greves gerais, boicote às eleições e a resistir contra a ocupação militar indiana. De acordo com entidades democráticas, mais de 1,5 mil pessoas foram assassinadas pelas forças policiais em nome da “guerra contra o maoismo” em Manipur.
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