O Ministério Público de Adana, cidade no sul da Turquia, ordenou a prisão de 46 pessoas que, por meio das redes sociais, criticaram a invasão turca ao nordeste da Síria sob a justificativa de combater as milícias curdas presentes na região. As notícias foram veiculadas pela Agência Anadolu.
Apenas por isto, as pessoas foram presas sob acusações de “propaganda terrorista”, por “provocar ódio sobre a nação turca” e “humilhar as instituições e órgãos de Estado”.
Desde que a Turquia iniciou sua ofensiva contra os curdos no nordeste da Síria, no dia 9 de outubro, após a retirada das tropas ianques, centenas de pessoas já foram presas apenas por serem contra a invasão. Somente na primeira ofensiva turca, o governo de Erdogan prendeu 121 pessoas e cerca de 800 contas de mídia social foram investigadas.
Foto ilustrativa
A Anistia Internacional divulgou em outubro um relatório intitulado Não podemos reclamar que denuncia a prisão de centenas de pessoas, inclusive uma dúzia de jornalistas, por criticarem a invasão na Síria em suas mídias sociais.
O relatório detalha que as “autoridades” turcas investigaram perfis nas redes sociais utilizando as palavras “Guerra, ocupação, Rojava”, e, assim, identificavam pessoas contrária a invasão.
Mesmo com o governo ultrarreacionário turco impedindo qualquer manifestação democrática e perseguindo os que criticam suas ações, o povo curdo segue lutando há décadas por sua libertação, porém, segundo os princípios maoistas, este só alcançara a vitória se se somar a luta de todo o proletariado turco e ao Partido Comunista da Turquia/Marxista-Leninista (TKP/ML), que está em guerra encarniçada contra o velho Estado turco, aplicando a já vitoriosa Guerra Popular Prolongada.