Estados Unidos anunciam planos para possível guerra com a China até 2027

Os Estados Unidos anunciaram planos para possível guerra com a China até 2027.
Lisa Franchetti. Foto: Marinha dos Estados Unidos

Estados Unidos anunciam planos para possível guerra com a China até 2027

Os Estados Unidos anunciaram planos para possível guerra com a China até 2027.

Na última quinta-feira (18), a oficial reacionária Lisa Franchetti, Chefe de Operações Navais dos USA, anunciou oficialmente o Projeto 33. Em seu documento, afirmou que “Este Plano de Navegação tem dois objetivos estratégicos: estar preparado para a guerra com a República Popular da China até 2027 e garantir a superioridade a longo prazo da Marinha dos Estados Unidos”. A iniciativa faz parte de um plano maior de guerras de rapina, que é o Plano de Navegação CNO, que tem também como objetivos secundários ”combater as ameaças de Rússia e Irã”.

O objetivo central do plano é aumentar a prontidão da marinha ianque para um possível conflito com a China até 2027. O que fica evidente é que, além das pugnas de fato entre as duas superpotências, o reforço da China como inimigo também serve para justificar ideologicamente toda a mobilização em torno do plano.

Outros objetivos traçados no documento incluem “reforço da vantagem estratégica a longo prazo da Marinha dos EUA” e a necessidade de incrementar a “colaboração internacional” com a marinha ianque. Ou seja, aprofundar o controle sobre as outras potências imperialistas para garantir os interesses dos imperialismo ianque.

Um exemplar desse tipo de mobilização é a Operação Prosperity Guardian: no Iêmen, a Marinha dos EUA junto às marinhas de outros 10 países iniciaram um ataque para salvaguardar o domínio ianque no golfo e o comércio marítimo com o Estado sionista de Israel. Após meses da heróica resistência do povo iemenita, o porto sionista em Eilat declarou falência, com a grande coalizão imperialista fracassando miseravelmente.

Os Estados Unidos já iniciaram diversas ações no Oceano Pacífico, com o objetivo de que sua força naval esteja preparada para combate a qualquer momento. Junto à restauração de um aeródromo na região, o país também irá manter e expandir seu sistema de mísseis nas Filipinas, onde mais de 800 mísseis SM-6 serão comprados nos próximos cinco anos, e milhares de mísseis Tomahawk já estão no estoque da base do Sistema Typhon.

A erupção de tensões não se resume apenas ao mar do sul da China, mas também à Taiwan, que se tornou palco de disputas entre ambos os países, o que resultou na suspensão de negociações entre China e EUA sobre armas nucleares no meio do ano após a venda de armamentos ianques à ilha de Taiwan. Xi Jinping e seus ministros também já se declararam firmemente contra a crescente presença militar ianque no Pacífico Sul, alertando sobre “enormes riscos de guerra para a região.”

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, nesta última quinta (19), alertou que:

“[…]quanto à implantação do sistema de mísseis de Capacidade de Médio Alcance dos EUA nas Filipinas, a China já deixou claro sua oposição mais de uma vez.” Também, ressaltou como esta política incendiará as tensões no pacífico:

“Essa implantação é um movimento para retroceder no tempo. Ameaça gravemente a segurança dos países da região, incita a confrontação geopolítica e despertou alta vigilância e preocupações nos países da região”, afirmou o porta-voz.

A China reafirmou sua posição sobre a retomada da Ilha de Taiwan, que de acordo com a embaixada do país nos EUA é “o núcleo dos interesses fundamentais da China e a principal linha vermelha nas relações entre China e Estados Unidos”. Também aconselharam os Estados Unidos a “interromper o aumento dos contatos militares com Taiwan e cessar o envio de armamentos”.

As relações entre os dois países, que já estavam ‘azedas’, agora apodrecem. Mesmo com enormes laços bilaterais econômicos, a regra do jogo das potências e suas lideranças é de tomar o mundo como um tabuleiro, em que o que interessa, no final das contas, é garantir sua fatia do botim, independente das milhões de massas que são arrastadas e mortas em meio às guerras de rapina.

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