Foto: Banco de dados AND
No dia 20 de abril, o Centro Acadêmico de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (CAFIL-UFF) emitiu uma nota de repúdio também assinada pela Revista Veias Abertas, denunciando a perseguição planificada ao jornal AND e o atentado sofrido por advogados populares no Rio de Janeiro e prestaram solidariedade a imprensa popular e democrática, ativistas e entidades democráticas.
No dia 27 de abril, o Coletivo Estudantes do Povo (CEP), de Natal, Rio Grande do Norte, também prestou apoio ao Jornal A Nova Democracia ante aos ataques e perseguições sofridos.
Nota de Repúdio às perseguições aos Ativistas Democráticos do RJ
O Centro Acadêmico de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (CAFIL-UFF), vem a público externar toda a sua indignação e repúdio contra o atentado político terrorista realizado contra os advogados populares André de Paula e sua companheira Bárbara dos Santos, assim como todas as perseguições planificadas contra o Jornal A Nova Democracia (AND). Os advogados populares tiveram a porta do seu apartamento queimados por artefato explosivo em razão das críticas ao governo Genocida de Bolsonaro e Generais. O atentado contra qualquer manifestação política nos remete a tempos sombrios da nossa história, que lutamos todo dia para que nunca mais se repita. Assim como, o próprio Jornal AND e outras entidades democráticas como Fist, FDA, Aldeia Maracanã, entre muitas outras, externamos toda nossa solidariedade aos ativistas André de Paula e Barbara dos Santos.
O jornal AND também foi alvo de perseguição de grupos paramilitares que defendem esse vil e apodrecido Governo de militares e capitão do mato. Desde antes de fevereiro, quando começaram os seguimentos contra os ativistas do Jornal, o AND-RJ têm sido alvo de intimidação. No ano de 2020, a antiga sede do jornal foi vítima de sabotagens por agentes da reação, como relata em seu site.
Cada dia que passa vemos a verdadeira face do Estado Brasileiro, de violência, censura e perseguições contra aqueles que ousam lutar. Se algum de nós um dia acreditou na democracia desse Estado, hoje, com um governo de militares, se desnuda a que serve suas instituições e aqueles que a defendem. A verdade é que as sequelas da Ditadura de 64 nunca foram deixadas de lado. A lei de anistia é uma mentira pois coloca os torturadores e os militantes, que derramaram seu sangue por um país livre, no mesmo nível, e nunca houve punição daqueles que mancharam a história de nosso país com torturas e crimes contra o povo.
Como estudantes de Filosofia e ativistas pelos direitos do nosso povo, explicitamos o nosso mais contundente ódio de classe aos atentados e perseguições aqueles que ousam lutar e não se calam diante de tanta barbaridade.
A história do Brasil é uma história de luta entre aqueles que só visam a permanência da desigualdade, do racismo, da escravidão assalariada, e aqueles que ousam se levantar contra o inimigo. Como filhos da luta dos estudantes da filosofia pelo fim da ditadura militar, carregamos orgulhosamente a herança de defender o direito de manifestação política de todos aqueles que corajosamente servem à luta do nosso povo. E apesar de nossa história está impregnada com os mais odiosos crimes, a luta combativa dos estudantes de todo país levaram os filhos mais conscientes do nosso povo a participarem da vitoriosa Guerrilha do Araguaia, tendo como exemplo o militante Adriano Fonseca Filho, ex-estudante de Filosofia da UFRJ.
Prestamos solidariedade aos advogados do povo e a imprensa popular e democrática por entender que é nossa responsabilidade como estudantes denunciar qualquer investida contra aqueles que lutam por uma melhor sociedade, assim como fizeram diversos CAs, DAs e entidades democráticas.
Adriano Fonseca Filho, Presente na Luta!
Punição aos torturadores do Regime Militar!
Lutar não é crime!
#ForaBolsonaro
#BolsonaroGenocida
NOTA DE APOIO AO JORNAL A NOVA DEMOCRACIA
O Coletivo Estudantes do Povo – CEP vem por meio desta nota prestar total apoio ao Jornal A Nova Democracia ante aos ataques e perseguições sofridos por estes companheiros através do velho estado e seus instrumentos como forma de tentar censurar o conteúdo do jornal, um conteúdo de caráter democrático e de imprensa popular a serviço do povo.
Na verdade, como em nossa região conclamamos, não estamos no momento de cessarmos nenhuma faísca de nossas atividades a serviço do povo (uma posição completamente diferente da risível postura que o oportunismo eleitoreiro prega de ”se adaptar a novos meios”), pois parar agora é concordar com que o velho estado massacre nosso povo aos montes como sempre veio fazendo, porque sendo este velho estado lar dos generais e do fantoche Bolsonaro, não faz nenhum sentido dizer que trabalhamos pelo povo berrando como bandeira o total imobilismo por ”preocupações com a crise da pandemia”, pois crise sempre vivenciamos, já que nossos direitos nunca reservados e sempre atacados não se tornaram garantidos simplesmente porque ”há uma pandemia em curso”.
Dessa forma, é necessário acrescer também que sendo clinicamente delirante e com fobia de sua inevitável destruição como é o velho estado, qualquer um que seja democrata e tenha voz contra a maré dos absurdos propostos contra nosso povo pelo mesmo é um alvo de ataques, mas antes de somente serem alvos de ataques, esses democratas são aliados do povo e principalmente, do nosso coletivo! Essa qualificação como alvo desses aliados se dão porque, como base das atrocidades, o sistema precisa de uma superestrutura que exponha em todos os setores culturais supostas justificativas para bilhões serem explorados e mantidos de forma subjacente aos interesses de uma minoria que explora e de um sistema que não representa esses explorados de forma nenhuma. Assim, o inimigo tem seus meios de manipular e ludibriar o povo tentando omitir a realidade material, clara, objetiva e científica de que nosso povo é explorado por um sistema que não é subjetivamente eterno e que nada vindo desse mesmo sistema lhe serve, precisando então esse mesmo povo se libertar das amarras do inimigo ante as mais variadas etapas, pois é esse povo trabalhador que como massa faz a história, só que por justamente ser massa que vive essa exploração na pele, em um momento ou outro há uma ruptura quase que espontânea às falácias burguesas, pois são falácias, não se sustentam e são facilmente destrinchadas pela realidade material, fazendo com que o trabalhador recorra a outros meios para se informarem, meios que falam suas línguas e que expressem uma denúncia às condições precárias em que esses trabalhadores se encontram, meios esses como as imprensas populares e democráticas.
Esse modelo de imprensa é por exemplo onde se enquadra o Jornal a Nova Democracia, um jornal que concentra o que há de mais coerente em nosso país para informar nosso povo de toda a situação do Brasil e do mundo, deixando claro uma diferença gritante quando comparado aos monopólios de mídia burguesa no que diz, para quem diz, como diz e o que representa, causando incômodo nos inimigos declarados das massas, que querem um povo marcado pelo medo e alienação. Frustrados, eles respondem com ataques como os recentes, pois sempre serão incapazes de continuar com novas fórmulas (para mais um de seus bilhões de fracassos de seu sistema sustentado por crises) por muito tempo.
Nesse cenário, é com o AND que teremos total compromisso com a verdade e tentar calar o jornal (assim como tentar calar qualquer democrata) torna-se um completo desserviço a nossa nação, além de ser extremamente inútil, pois o trabalho do jornal é de expor uma realidade totalmente palpável e indissociável de um país que é fantasiado de palhaço internacionalmente pela gerência do velho estado com todos os novos fracassos que o mesmo velho estado trouxe no cenário atual, desde um ensino remoto repleto de evasões e um enem repleto de desistências até a clarividente revolta das massas perante às condições precárias de saúde e ao genocídio conseguinte. São essas mesmas massas revoltadas desse exemplo que buscam novas e novas formas de se organizarem, de se expressarem, de falarem e de serem ouvidas e nós jamais concordaremos com qualquer tentativa de impor a elas ou a qualquer meio de dar a elas voz um imperativo silêncio!
Viva o Jornal A Nova Democracia!
Viva a imprensa popular e democrática!