EUA: Departamento de Estado ianque ataca jornalistas independentes

Os jornalistas da Red. Media foram acusados pelo Secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, de serem parte de uma “Operação secreta” destinada a difundir “conteúdos e mensagens produzidos pelo Kremlin’.
Antony Blinken. Foto: Alex Wong/AFP

EUA: Departamento de Estado ianque ataca jornalistas independentes

Os jornalistas da Red. Media foram acusados pelo Secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, de serem parte de uma “Operação secreta” destinada a difundir “conteúdos e mensagens produzidos pelo Kremlin’.

No dia 13 de setembro, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez um pronunciamento sobre o papel da imprensa durante os conflitos que vem ocorrendo em todo mundo e afirmou que o governo do EUA está tomando medidas para “combater a desinformação”. As medidas seriam criar um sistema de informação global mais “resiliente”, segundo Blinken, “onde fatos objetivos são elevados e mensagens enganosas ganham menos tração.” Justifica afirmando que as medidas irão proteger a “imprensa livre, vibrante e independente”.

Em seu pronunciamento, Blinken acusa a imprensa independente Red. de ser vinculada ao Kremlin e propagar os interesses do imperialismo russo. Mesmo que fosse uma acusação real, a fala cínica de Blinken ignora, provavelmente de propósito, ações idêntica às quais o imperialismo ianque há décadas faz por meio de seus órgãos governamentais, think tanks, ONGs, imprensa amarela e jornalistas títeres em outros países, principalmente em suas semi-colônias.

Essa preocupação de Antony Blinken obviamente não se trata de justa preocupação com as liberdades democráticas dos jornalistas e uma preocupação para que a verdade dos fatos prevaleçam. É mera preocupação que sua versão dos fatos prevaleça, e que nenhuma força democrática tenha meios para questioná-la.

A imprensa é um dos pilares que mantém de pé o poder das classes opressoras. Além do exército, a qual é o braço armado do Estado, utilizando obviamente o chamado “monopólio da violência” contra os inimigos desse estado. São os meios de comunicação os braços que manipulam a consciência, propagam todo tipo de ideologia reacionária e utilizam da montagem e a distorção da realidade para fundamentar suas “narrativas”. Não é difícil perceber isso na cobertura do monopólio de imprensa aos crimes do sionismo e do imperialismo no oriente médio, taxando de terroristas os grupos da resistência árabe, seja em Gaza, Síria, Líbano, Iraque ou Iêmen. 

Contra as acusações de Blinken, a Red afirmou em nota, que “não precisamos do carniceiro Blinken para nos dar sermões sobre ‘liberdade de expressão’, enquanto ele próprio é cúmplice de um genocídio na Palestina que já matou mais de 40.000 pessoas e mais de 125 jornalistas.”

“Não precisamos de nenhum governo ou serviço de inteligência para expressar a nossa profunda descrença neste sistema capitalista que permite que crimes contra a humanidade ocorram na Palestina, na Ucrânia, no Sudão, no Congo e em todo o mundo, enquanto os assistimos em tempo real”, completam.

A nota prossegue afirmando que os ataques contra a tribuna começaram a partir de 7 de outubro de 2023, por denunciar a “repressão alemã às vozes pró-palestinas, uma repressão que chocou o mundo, ao lado de funcionários da ONU e de organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional.”

A Red. realiza diversas coberturas sobre a luta dos povos em todo mundo, inclusive recentemente fez uma entrevista com o porta-voz do Partido Comunista da Índia (Maoísta), Amrut, membro do Comitê Central e chefe de Assuntos Internacionais do Partido, sobre as condições únicas na Índia, os esforços para construir uma nova sociedade dentro das zonas guerrilheiras e suas perspectivas sobre questões urgentes enfrentadas pela esquerda global, incluindo o caráter da China e a ascensão de novas potências imperialistas.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: