Os dizeres “Não há bandeira grande o suficiente que esconda a vergonha de matar pessoas inocentes” pintados em bandeira ianque, queimada em seguida. Foto: Reprodução / Redes Sociais
No dia 4 de julho, data de celebração da independência do Estados Unidos (USA), foi lançada uma campanha de ex-soldados que serviram no Exército ianque e agora se posicionam contra o imperialismo ianque e as atrocidades cometidas por ele em outras nações. A primeira mensagem publicada pela Veterans Destroying Empire (“Veteranos Destruindo Império”) afirma: “Este é um apelo nacional a todos os veteranos anti-imperialistas do USA para queimar uma bandeira [ianque]”.
As publicações, com fotos de veteranos em seus uniformes incendiando e rasgando bandeiras do imperialismo ianque, trazem relatos pessoais e mensagens de arrependimento enviados por ex-soldados sobre seus crimes de guerra cometidos em nações invadidas e ocupadas pelos ianques e seus lacaios, como o Afeganistão, Iraque e Vietnã, bem como seu compromisso em lutar pela libertação dos povos e contra a injustiça.
A primeira delas afirma: “À medida que as massas se levantam em todo o país contra o racismo do sistema, o colonialismo, o terror policial e começam a demolir as estátuas e os ícones da supremacia branca e do colonialismo, vamos todos vestir nossos uniformes e queimar um dos símbolos mais importantes do genocídio, da escravidão e do imperialismo: uma bandeira do USA”.
Outro relato, de um soldado que participou da ocupação imperialista do Iraque, na cidade de Ramadi, em 2005, conta: “Ouvi os gritos das mães enquanto suas famílias eram despedaçadas e comecei a perceber que eu não era um libertador. Quando meus companheiros morreram ao meu redor, comecei a perceber que não passamos de bucha de canhão para o imperialismo. Lutando, matando e morrendo por lucro, recursos e dominação global”.
“Ao voltar para casa, testemunhei a mesma guerra travada contra as comunidades ao meu redor. O terror policial desatado contra vidas negras. Colonialismo em expansão e a brutal tomada de terras de povos indígenas. Humanos enjaulados em massa. Terras nativas roubadas para construir oleodutos como os do Iraque. Tudo envolto na propaganda e bandeira da ‘liberdade’. E assim, hoje, 15 anos depois de me envolver na guerra criminosa no Iraque, sou solidário com um legado de veteranos e membros dos serviços do USA que deram as costas ao imperialismo ianque”.
“Vamos lutar pela verdadeira liberdade e pela total libertação de todas as pessoas”, afirma um dos relatos enviados para a Veterans Destroying Empire. Foto: Reprodução / Redes Sociais