Um estudo aponta o crescimento exponencial de assassinatos de quilombolas. O assassinatos aumentaram em 350%. O estudo foi realizado pela ONG Terra de Direitos e pela Confederação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), em parceria com a Associação de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais da Bahia (AATR) e o Coletivo de Assessoria Jurídica Joãozinho de Mangal.
O estado onde mais se matou quilombolas foi a Bahia, local onde em 6 de agosto de 2017 foram mortos seis quilombolas, no município de Lençóis, no sul do estado.
O segundo estado com mais assassinatos foi o Pará, onde vive-se intenso processo de terrorismo latifundiário e grande resistência dos camponeses, indígenas e quilombolas na luta pela terra. Foi lá onde, no dia 29 de setembro, latifundiários assassinaram Haroldo Betcel, do Quilombo Tinigu, município de Santarém. Os assassinos ainda destruíram sua plantação e sabotaram o fornecimento de água para toda a região em torno do quilombo, segundo portal terradedireitos.org
Em outro levantamento também feito pela Conaq, atestou-se que, no período de 2008 a 2017, 76,3% dos assassinatos de quilombolas ocorreram na região Nordeste do país.
Nos levantamentos da Conaq, revela-se que a maior parte dos assassinatos (68,4%) foi feita com armas de fogo, o que demonstra a militarização crescente do campo. Por outro lado, ataques com torturas seguidos de assassinatos, especialmente contra às direções femininas das comunidades quilombolas, comprometem quase um quarto dos casos.
Foto ilustrativa