Reproduzimos publicação da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia – ExNEPe sobre celebração do Dia do Estudante.
Atendendo ao chamado da Executiva Nacional, estudantes de várias regiões do país organizaram e participaram de atividades no último dia 10 de Agosto em defesa do ensino público, gratuito e a serviço do povo.
No Estado da Paraíba, estudantes da Universidade Federal de Campina Grande centro Sumé, organizaram um ato no dia 10/08, contra os cortes na educação, a reforma do ensino médio, combate a BNCC, e ataques que aconteceram aos residentes dessa Universidade.
A polícia tentou reprimir o ato, mas os estudantes resistiram e o ato foi muito vitorioso.
O ato foi organizado pelos estudantes da Executiva de Estudantes de licenciatura em Educação do Campo – Frente Socialista de Sumé.
Na mobilização para o ato, no dia 02/08 (Dia ‘D’ contra a BNCC), os estudantes realizaram intervenções nas escolas alertando sobre os perigos da BNCC e da reforma do ensino médio contra o ensino público e convidando a comunidade escolar a participar do ato nacional.
Em Belém – PA, a audiência pública do MEC para defender a BNCC foi cancelada por conta do vitorioso ato em frente ao hotel que contou com a pressão de estudantes e trabalhadores da educação. A Exnepe esteve presente distribuindo com a ajuda espontânea de uma estudante, uma média de 100 panfletos denunciando sobre a BNCC e o corte de verbas da Capes.
Ao fim do ato, na plenária dos estudantes, a Exnepe reafirmou que o único caminho a ser traçado pelos estudantes é o combativo e de luta contra as políticas impostas pelo Banco Mundial em nosso país, destacando exemplos como as vitoriosas ocupações de 2015/2016, sua importância como greve de ocupação e não de pijamas, além da combativa greve dos caminhoneiros.
Em Montes Claros – MG, a ExNEPe, junto à Executiva Nacional de Estudantes de Filosofia (ENEF), realizou uma grande agitação política contra o corte de verbas nas universidades públicas. Durante todo o dia 09 e 10/08, estudantes de Pedagogia, Filosofia, Educação Física, Geografia, entre outros cursos, passaram em todas as salas de aula da universidade, denunciando os mais recentes cortes de verbas e ataques contra a Educação impostos pelo gerenciamento de Temer e sua quadrilha. Muitos cartazes foram colados por toda a universidade e uma grande faixa contra a BNCC foi estendida na entrada do campus.
No dia 10/08, agitações com panfletagens foram realizadas no Restaurante Universitário e no hall do CCH – Centro de Ciências Humanas, onde funcionam os cursos de licenciaturas e mais de 1.000 panfletos assinados pela ExNEPe e ENEF foram distribuídos.
Em mais uma demonstração de independência financeira, política e classismo da ExNEPe, mais de 100 rapaduras foram vendidas nestes dois dias, como parte da campanha de finanças para arcar com as dívidas contraídas para participação da delegação mineira no vitorioso 38º ENEPe.
A agitação foi muito bem recebida pelos diferentes setores da comunidade acadêmica. O sindicato dos professores (ADUNIMONTES) contribuiu com a impressão dos panfletos. Vários professores cederam parte de suas aulas para debater sobre o desmonte da universidade e escola públicas e propuseram mais atividades, como assembleias e debates, comprometendo-se em apoiar o Pós-ENEPe e demais mobilizações da jornada de lutas.
Ativistas da atual gestão do DCE e de diferentes Centros Acadêmicos envolveram-se diretamente nas passagens em sala e uma reunião entre os CA`s, movimentos populares e entidades estudantis e sindicais foi marcada para dar continuidade às mobilizações contra o desmonte e privatização das universidades e escolas públicas.
Uma nova manifestação, unificada com os trabalhadores em educação da rede municipal e estudantes do ensino médio, foi convocada para o dia 14/08, na praça Dr. Carlos no centro da cidade.
Na Unimontes a situação é particularmente grave. Sua estrutura física é sistematicamente sucateada e a Reitoria, seguindo a política criminosa de Fernando Pimentel/PT, é cumplice dos projetos privatistas encabeçados na instituição pela FADENOR – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas, fundação privada que já controla parte significativa dos recursos públicos da instituição e que já está alterando seu estatuto no sentido de ampliar a sua ingerência sobre a Unimontes. Os funcionários recebem salários aviltantes e os professores um péssimo plano de carreira, além de receberem seus pagamentos parcelados e constantemente atrasados.
A principal reivindicação dos estudantes é a Assistência Estudantil, inexistente na maior universidade estadual de Minas Gerais, apesar de uma lei estadual a respeito já ter sido aprovada há quase um ano, e que é agravada pela atual interrupção das bolsas do PIBID.
Levantamento recente, promovido por pesquisadores progressistas da universidade, apresenta uma preocupante estimativa de que pelo menos 40% dos estudantes, particularmente das licenciaturas, já foram obrigados a abandonar ou trancar seus cursos devido à falta de condições materiais de prosseguir os estudos. É importante destacar que a imensa maioria destes estudantes são filhos ou descendentes diretos de camponeses pobres, quilombolas e indígenas.
Durante todas as atividades os estudantes denunciaram a criminalização dos movimentos populares e a mais recente absurda condenação dos 23 ativistas populares da juventude combatente do Rio de Janeiro.
Em Belo Horizonte a Executiva Mineira reuniu-se com os estudantes da Escola Machado de Assis para organizar o ato no dia 11/08. Os secundaristas fizeram faixa e cartazes e junto com a ExNEPe prepararam as palavras de ordem para a manifestação.
Em Alagoas, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia, junto ao Coletivo Pedagogia em Movimento e estudantes da Escola Alberto Torres, realizaram um ato contra a aprovação da BNCC e pela revogação da lei 13.415/17, a “reforma” do Ensino Médio. Participaram estudantes universitários, secundaristas e do ensino fundamental, bem como professores comprometidos com a defesa da educação pública.
No dia do ato e no anterior, em preparação à manifestação, foram distribuídos centenas de panfletos no Centro de Educação da UFAL, denunciando os ataques de Temer e sua quadrilha à educação brasileira, como a recente denúncia dos cortes da Capes e a própria BNCC.
No Rio de Janeiro, foram distribuídos panfletos da ExNEPE na assembleia do SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), no dia 08/08.
No dia 09/08, a EXNEPe, junto a professores democráticos do Colégio Pedro II – campus Tijuca, realizou um importante debate sobre a BNCC e convocou todos a participarem desta luta para barrar a criminosa Reforma do Ensino Médio.
Esta atividade teve uma grande importância, pois no dia 02/08 (dia ‘D’ contra a BNCC), após a intervenção da Exnepe na escola, os professores convidaram nossa entidade para organizar um debate sobre o tema na escola. O debate contou com a presença de secundaristas do ensino fundamental e médio.
No dia 10/08, no importante Dia Nacional de Luta, houve agitação e panfletagem na Praça XV no Rio de Janeiro.
FOZ do Iguaçu – PR
Com informações do sítio: https://movimentofagulha.wordpress.com/2018/08/11/foz-do-iguacu-em-luta-contra-os-cortes-na-capes-realizada-manifestacao-combativa-em-defesa-da-educacao/
Na tarde do dia 10/08 diversos estudantes, professores e ativistas reuniram-se em Foz do Iguaçu em um Ato Contra os cortes recentes na CAPES, PIBID, “Resistência” Pedagógica e a implantação da BNCC.
Os estudantes percorerram um trajeto da região central da cidade, passando pelo terminal de ônibus e Avenida Brasil, via onde há maior concentração de trabalhadores e pedestres até o Colégio Barão de Mitre, uma das escolas ocupadas durante o levante de secundaristas no Paraná em 2016.
Durante todo ato, os estudantes mantiveram-se altivos e proclamando e cantando consignas e canções combativas. A população compreendendo a justeza das luta, foi extremamente receptiva, buzinando e saudadando os estudantes pela mobilização.
Ativistas do FAGULHA responderam ao chamado da ExNEPe e distribuíram mais de 150 panfletos da entidade. As pessoas que recebiam expressavam concordância com seu conteúdo e sempre relatavam que a postura dos estudantes era corretíssima, “que tinha que se manifestar mesmo”. Um frentista chegou a mencionar que “ganhava mil reais e se sentia um escravo” e que “enquanto isso, Juízes e Militares do alto escalão viviam ganhando salários exorbitantes e não faziam nada para a população”.
Ao final do ato os estudantes fizeram diversas intervenções ressaltando a importância da luta pelo co-governo estudantil dentro da Universidade e o combate ao imobilismo. Foi saudado também a juventude palestina, inspiração de resistência para todos os povos.
Também foi denunciado de como a Consulta Paritária na Unila está sendo realizada, sem autonomia e democracia nenhuma e sob a tutela de um CONSUN apodrecido.
Finalizando, o FAGULHA fez uma fala em solidariedade e de chamamento à defesa dos 23 ativistas condenados no Rio de Janeiro recentemente!
A articulação entre os Centros Acadêmicos da UNILA foi fundamental para que o ato ocorresse. Em especial o Centro Acadêmica de Engenharia Química (CAEQ) que tomou a iniciativa de construir essa articulação. Também houve grande participação do C.A. de Geografia (CELAG), Economia (CACE), Engenharia Civil (CAES), Ciências e Sociologia (CELAPS), os estudantes de R.I. e estudantes de Arquitetura que foram massivamente. Ao todo foram distribuídos 700 panfletos produzidos por essa articulação.
Os companheiros do FAGULHA enviam saudações classistas aos Docentes da universidade que ali estiveram presente, e ressaltam a calorosa saudação que os professores da Rede Pública realizaram no início do ato.
E finalizam seu relato com uma saudação à ExNEPe:
Saudações democráticas e combativas a Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia – ExNEPe por servir como vanguarda na defesa da Educação gratuita e científica a serviço do povo e que articulou diversas ações a nível nacional, inclusive em Foz do Iguaçu.
Ainda no Paraná, na cidade de Cascavel, no dia 10/08 a Universidade Estadual do Oeste do Paraná realizou uma paralisação em defesa da educação, devido aos ataques em curso da BNCC nas escolas e em defesa do mantimento das bolsas de pós graduação, mestrado e iniciação científica da CAPES.
A Executiva Paranaense de Estudantes de Pedagogia realizou uma panfletagem sobre as intervenções privatistas que interferem desde a educação básica até a educação superior, e conversando com os estudantes sobre os planos da ExNEPe. Apesar da paralisação, muitos cursos estavam em aula, portanto foi feita uma panfletagem da ExPEPe no R.U. da universidade e no grande auditório onde estava acontecendo um ato dos sindicatos da Unioeste, onde foi feita uma saudação dos sindicalistas à ExNEPe.
Em São Paulo no dia 10 de agosto, milhares de pessoas foram às ruas de SP protestar contra os ataques de Temer e sua quadrilha – a mando do imperialismo, principalmente ianque – aos direitos trabalhistas e ao ensino público.
O ato aconteceu na Av. Paulista, em frente ao prédio da FIESP, e contou com a presença de trabalhadores, trabalhadoras, professores e estudantes. Apesar da grande participação de centrais sindicais ligadas ao oportunismo eleitoreiro, no qual queriam transformar a manifestação em palanque para promoção de seus candidatos para a próxima farsa eleitoral, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia marcou presença e elevou bem alto a bandeira da independência, do classismo e da combatividade.
Um por um, os oportunistas subiam no carro de som para fazerem suas campanhas eleitorais, porém, seus gritos em defesa de seus candidatos não ecoavam entre os milhares de presentes, demonstrando, mais uma vez, o fracasso do imobilismo e do oportunismo em tentar frear a luta do nosso povo.
Como forma de demarcar campo perante os imobilistas e eleitoreiros e colocar sua posição de repúdio aos ataques do Banco Mundial ao ensino público e gratuito do nosso país, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia realizou exitosa panfletagem conclamando todos estudantes, professores, trabalhadores e trabalhadoras a Combater e Resistir em defesa de uma universidade pública, gratuita e a serviço do povo.
Além da ExNEPe, o ato contou também com a presença do MEPR – Movimento Estudantil Popular Revolucionário – e da Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária – que reafirmaram o caminho da luta combativa e consequente como única forma de seguir impondo derrotas ao governo e garantir a defesa dos nossos direitos duramente conquistados.
A ExNEPe em Salvador, atendendo ao chamado para a mobilização nacional em defesa da educação e em decorrência do dia do Estudante, participou da manifestação realizada na Barra, em desagravo à covarde agressão aos professores da rede municipal da capital baiana, que já estão em 30 dias de greve.
Durante o ato os professores tinham como principal pauta o reajuste linear do salário, mas também levantou-se bandeiras contra a BNCC, a precariedade nas escolas do Brasil e o projeto privatista de Michel Temer e ACM Neto.
A ExNEPe compreende que essa justa greve da rede municipal deve ser ampliada para a rede estadual e não se limitar e recuar ante ao eleitoralismo de Rui Costa/PT que tem atacado a educação na Bahia com igual ferocidade de ACM Neto.
A ExNEPe interviu ao final do ato com uma fala combativa e otimista, sendo recebidos com efusivas palmas e gritos de apoio das professoras e professores.
Desde a Coordenação Nacional da ExNEPe, saudamos a todos companheiros e companheiras que tem se empenhado por cumprir o Plano de Lutas do 38º ENEPe, elevando a luta popular e avançando na organização dos estudantes por todo o país, lutando por unir estudantes e profissionais da educação em defesa do ensino público, gratuito, democrático e a serviço do povo!