Familiares de mortos pela polícia intensificam protestos no Paraná

Familiares de mortos pela polícia no Paraná intensificam protestos em Curitiba e Londrina.
Manifestação de famílias vítimas da violência do Estado em Londrina. Foto: Reprodução
Manifestação de famílias vítimas da violência do Estado em Londrina. Foto: Reprodução
Manifestação de famílias vítimas da violência do Estado em Londrina. Foto: Reprodução

Familiares de mortos pela polícia intensificam protestos no Paraná

Familiares de mortos pela polícia no Paraná intensificam protestos em Curitiba e Londrina.

Republicamos, aqui, matéria escrita por Nelson Bortolin, do portal Rede Lume.

O portal Rede Lume realiza importante trabalho de divulgar a luta das mães vítimas da violência do velho Estado contra a juventude e massas trabalhadoras no Paraná, principalmente no município de Londrina. Luta contra o velho Estado que se desenvolve de forma cada vez mais massiva e combativa por todo o Brasil, denunciando o caráter genocida do velho Estado brasileiro contra o povo e os massacres realizados através de suas forças de repressão policiais, rompendo passo a passo com as ilusões constitucionais.


Familiares de mortos pela polícia no Paraná intensificam protestos em Curitiba e Londrina. Neste sábado (10), a partir das 10 horas, será realizada a “Caminhada pela Vida dos Inocentes”, na Rua XV de Novembro, esquina com Monsenhor Celso, na Capital.

Na quinta-feira da semana que vem, dia 15, a partir das 17 horas, será a vez dos familiares dos londrinenses mortos pela polícia se manifestarem. O ato vai ser na Avenida Duque de Caxias com a Rua Desembargador Clotário Portugal, Vila Recreio, perto da Casa do Bom Samaritano.

Na tarde desta sexta-feira (9), houve um protesto na Capital específico pela morte de Wellinton Eduardo Moraes dos Santos, em ação da PM, no bairro do Cajuru, na última terça-feira (6). Veja vídeo:

Somente em Curitiba (excluindo os municípios da região metropolitana), as forças de segurança mataram 121 pessoas no ano passado. Esse número vem crescendo ano a ano desde 2018, quando foram 76 mortes. A soma dos últimos cinco anos na capital é de 481 óbitos em decorrência de ações policiais.

Em Londrina, as forças de segurança mataram 50 pessoas no ano passado, número menor apenas que o de 2020, quando foram 58 mortes. Nos últimos cinco anos, foram registrados 199 óbitos em ações policiais na cidade.

Em todo o Estado, assim como na Capital, há um crescimento do número de casos ano a ano desde 2017. Foram 275 mortes naquele ano e 488 no ano passado. Nos últimos cinco anos, a polícia matou 1.919 paranaenses. As estatísticas são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Mortos pela polícia: campanha internacional

A preocupação com as mortes em decorrência de ações policiais é crescente em todo o País. Entidades representativas dos direitos humanos vêm denunciando o problema em fóruns internacionais.

Nesta quinta-feira (8), a londrinense Marilene Ferraz da Silva Santos participou de uma live organizada pela Unegro, da qual participaram brasileiros e representantes de outros vários países. Ela é mãe de Davi Gregório Ferraz dos Santos, morto pela polícia aos 15 anos de idade, em junho de 2022. Durante a live, foi lançada a campanha Justiça para Carlos Eduardo.

Carlos era um jovem de 17 anos, executado à queima roupa pela polícia capixaba, no último dia 1º de março. O caso aconteceu na cidade de Pedro Canário, norte do Espírito Santo.

Depois de atirar contra o adolescente, que estava rendido e encostado no muro, o policial arrastou o corpo para dentro de um imóvel, alterando a cena do crime, para depois alegar que Carlos Eduardo havia morrido em confronto.

O PM não contava com o fato de que sua ação criminosa estava sendo filmada. O vídeo tem cenas fortes e está sendo divulgado pelas entidades no mundo todo.

“A ideia é mostrar internacionalmente como a nossa juventude vem sendo morta pela polícia”, afirma Marilene.

Assim como os familiares dos mortos em Londrina, a Unegro reivindica que todos os policiais do País utilizem câmeras em seus uniformes para dar transparência às operações.

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