Farsa eleitoral: Em campanha, prefeito de João Pessoa só cumpriu 45% de suas promessas

Eleito na farsa eleitoral de 2020, Cícero Lucena (Progressistas) fez 66 promessas, das quais não cumpriu nem metade.
Prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena. Foto: Blog do Ninja

Farsa eleitoral: Em campanha, prefeito de João Pessoa só cumpriu 45% de suas promessas

Eleito na farsa eleitoral de 2020, Cícero Lucena (Progressistas) fez 66 promessas, das quais não cumpriu nem metade.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, do Progressistas, cumpriu somente 30 dos 66 compromissos que havia assumido na última campanha à farsa eleitoral de 2020. Em valores percentuais, o prefeito realizou apenas 45,45% das suas promessas, após três anos e meio de mandato. Os temas educação, cultura, direitos humanos e sociais são os mais negligenciados por ele. As informações são do monopólio de imprensa G1.

Cícero Lucena não é uma exceção, mas a regra entre os prefeitos das capitais brasileiras e também nas pequenas e médias cidades do interior. Dentre as capitais, segundo o mesmo levantamento do G1, das 1090 promessas de campanha feitas em 2020, pelos atuais mandatários de capitais, apenas 417 delas foram cumpridas, ou seja, 39,2% do total. O cenário de mediocridade coloca, inclusive, o prefeito de João Pessoa acima da média.

Nos últimos meses, em contraposição aos anos anteriores, a gestão de Cícero iniciou uma série de obras cosméticas, principalmente em pontos turísticos e movimentados da capital paraibana, e publicou editais de concursos públicos. Com tudo isso, o prefeito reacionário quer mostrar, na reta final de sua gestão, que está trabalhando bastante para atender aos interesses do povo. O que é mentira.

Cumprimento de promessas não é atender aos interesses populares

Ainda que os prefeitos tivessem cumprido a maioria de suas promessas de campanha, os interesses do povo não seriam verdadeiramente realizados e jamais poderiam representar melhora qualitativa para as massas populares de trabalhadores, camponeses, estudantes, donas de casa e demais explorados.

Os compromissos eleitoreiros que cada candidato assume diz respeito à média dos interesses das classes dominantes e setores políticos ligados à ela. Desta forma, se mantém a máquina burocrática das diferentes siglas dos partidos políticos reacionários, contando com o auxílio de todo tipo de falcatruas, mentiras em um aparato que conta, em muitas cidades, com participação direta de grupos paramilitares para realizar as “campanhas eleitorais”. A farsa eleitoral é garantia da continuidade do regime de exploração e opressão do povo e tudo isso é sintomático do caráter farsesco das eleições, onde nem mesmo o rebaixado programa político-eleitoral dos candidatos vitoriosos é cumprido.

A campanha de boicote às eleições municipais de 2020 em breve terá início em João Pessoa, assim como em todo o Brasil. Na última eleição, na capital da Paraíba, esta já foi a posição adotada por 36,4% daqueles que estavam aptos a votar, o que significou apenas 10 mil votos a menos em relação ao candidato eleito.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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