Seis policiais filipinos morreram e outros 23 ficaram feridos ao pisar em minas improvisadas quando estavam em uma operação anti-guerrilha nas montanhas da cidade de Borongan, na ilha de Samar, na parte leste das Filipinas.
As bombas foram plantadas por combatentes maoistas do Novo Exército do Povo (NEP), dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas (PCF). Os artefatos explodiram antes que os soldados entrassem em confronto com os guerrilheiros. Após a explosão ainda houve um tiroteio que durou cerca de 30 minutos.
Apesar das intensas campanhas militares do governo Duterte contra o NEP, o Exército revolucionário continua a crescer numa guerra popular que já dura meio século, principalmente na ilha de Samar, onde as atividades dos maoistas são incessantes.
Atualmente, o PCF dirige uma guerra popular prolongada contra o velho Estado filipino e contra a estrutura econômica semicolonial e semifeudal do país. Tal guerra tem o objetivo de entregar todas as terras dos latifundiários aos camponeses, promover gradual e elevada mecanização e coletivização da agricultura e confiscar o grande capital estrangeiro e local para aplicá-los em favor do povo e da Nação. Para tanto, os maoistas dirigem a guerra para destruir o aparato estatal dos latifundiários e grandes burgueses, serviçal do imperialismo, e por estabelecer em todo o país uma República Democrática antifeudal e anti-imperialista, em marcha ao socialismo.
Um combatente do NEP nas montanhas de Sierra Madre, província de Quezon, ao sul de Manila, nas Filipinas, 2018. Foto: Alecs Ongcal/EPA