‘Fora Temer e quadrilha! Abaixo a milicada golpista e lambe-botas do USA!’

‘Fora Temer e quadrilha! Abaixo a milicada golpista e lambe-botas do USA!’

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Reproduzimos na íntegra o Manifesto do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e Região (o Marreta), entitulado “Fora Temer & quadrilha! Abaixo a milicada golpista e lambe-botas do U.S.A”, enviado à Redação do jornal A Nova Democracia:

Belo Horizonte, 06 de outubro de 2017

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e Região – MARRETA – repudia o podre e desmoralizado gerenciamento Temer e o berreiro da milicada golpista por intervenção militar, como pregou abertamente o general Hamilton Mourão. As botas e baionetas dessa milicada bajuladora do Estados Unidos jamais serviu para resguardar os interesses dos operários, do povo e da nação. Ao contrário, a milicada fascista e torturadora sempre foi guardiã da corrupção das classes dominantes – os latifundiários, grande burguesia e o imperialismo – truculenta guardiã da exploração, injustiças e opressão; serviçal guardiã do assalto às riquezas e a espoliação do Brasil pelo U.S.A. e seus comparsas.

Foi na luta contra o arrocho salarial imposto pelo regime militar que eclode a rebelião dos operários da construção de BH, em 1979, e se forja o MARRETA. Nessa luta tombou o companheiro Orocílio Martins Gonçalves, assassinado pelas balas da PM. Os operários da construção não esquecem os crimes de torturas, assassinatos e “desaparecimentos” perpetrados pelo regime militar; a repressão a justa luta dos camponeses pela terra, as intervenções em sindicatos, o assassinato de operários da CSN em Volta Redonda, entre outros crimes.

Repudiamos as violações atuais da milicada contra os direitos do povo, como nas operações-coerção feitas nas obras-cativeiro do PAC e as recentes megaoperações nas favelas do Rio de Janeiro convertidas em campos de concentração, com invasões de residências, revistas vexatórias, humilhações e execuções sumárias. E o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ainda advoga “segurança jurídica” para permitir as tropas com armas de guerra e munições de alta letalidade invadir as favelas, cercear a vida dos moradores e não ter punição nem por previstos “danos colaterais envolvendo civis inocentes”, ou seja, autorização de aterrorizar, torturar e assassinar impunemente os moradores pobres das favelas sob a cobertura da “justiça milit ar”. Já o tratamento para os políticos ladrões e ricaços bandidos é bater os cascos e tratar por “senhor”! A ação da milicada nas favelas não é para um suposto combate a criminalidade, mas sim para favorecer determinada facção do crime, aterrorizar o povo para tentar conter a justa revolta popular.

Foi durante o regime militar que as grandes empreiteiras – como a Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Correia – que hoje protagonizam todo tipo de bandalheiras e poder de mando sobre o falido sistema político – e também a Mendes Junior, Sergen, entre outras – foram cevadas. Beneficiaram-se de relações especiais com o regime militar e consolidaram nesse período o pagamento de propinas. Através de obras faraônicas – como Transamazônica, Itaipu, Tucuruí, Angra, Ferrovia do Aço e Ponte Rio-Niterói – as empreiteiras apaniguadas pelos militares se converteram em grandes grupos monopolistas corruptos intimamente ligados com o Estado e seus gerentes de turno. Da cloaca do regime militar saiu a corja de políticos próceres da corrupção como Paulo Maluf, ACM, Delfim Neto, Abi-Ackel, Eliezer Batista, Simonsen, Andreazza, Sarney, Bob Fields etc. Saiu também da cloaca do regime, especialmente das tramas do general Golbery, a estratégia de transição gradual, reformulação partidária, projeção e impulsionamento da carreira do pelego-mor Lula.

Durante o regime militar quem falasse contra a corrupção era preso ou morto. A conspiração golpista de 1964 foi dirigida pelos ianques para manter seu domínio do país e resguardar os interesses das suas transnacionais e sócios lacaios – o latifúndio e a grande burguesia. Hoje, é este imoral gerenciamento Temer, saído das mesmas entranhas corruptas do regime militar e do farsante sistema eleitoral, com políticos das intocáveis oligarquias que retira direitos dos trabalhadores e mantem intactos os privilégios de casta dos militares de carreira e outros abusos. Que “reserva moral” possuem esses degenerados que são a medula do genocida e corrupto Estado burguês-latifundiário, serviçal do imperialismo?

O MARRETA conclama ao justo protesto popular e a luta pelos direitos trabalhistas, direitos previdenciários, empregos decentes, o direito à terra, o direito à moradia, à saúde e educação, bem como o direito de organização e manifestação. Conclamamos a organização e deflagração da Greve Geral por tempo indeterminado por nossos direitos e contra esse sistema de superexploração e opressão.

Contra a retirada de direitos, miséria e superexploração: Greve Geral por tempo indeterminado!

É hora de mobilização total para enfrentar a patronal!

Sinduscon-MG usa lei de Temer com objetivo de cortar direitos dos trabalhadores

Na reunião de negociação da campanha salarial, dia 3 de outubro, o sindicato patronal – Sinduscon-MG – descaradamente apresentou a proposta de retirar direitos dos trabalhadores sob a artimanha de “retirar da CCT – Convenção Coletiva de Trabalho – tudo aquilo que conflite com a nova lei”.

A proposta da patronal é:

– Acabar com o percentual de 100% no pagamento de horas extras;

– Implantar o banco de horas para não pagar horas extras;

– Não fornecimento de cesta-básica em caso de ocorrência de falta ao serviço;

– Não pagamento de horas “in itinere” (horas gastas no trajeto da residência ao trabalho e vice e versa, nos casos de obras em regiões sem serviços de transporte público);

– Proibição de porte de celular dentro dos canteiros de obras;

– Flexibilização do horário da jornada de trabalho; entre outras medidas de superexploração.

Como o Marreta já denunciava, a contrarreforma trabalhista de Temer e quadrilha foi feita à mando dos gananciosos empresários com objetivo de aumentar a exploração, reduzir salários e precarizar ainda mais as condições de trabalho.

Não aceitamos esse total desrespeito aos direitos dos trabalhadores, conquistados com muita luta e garantidos em nossa CCT. A proposta do Sinduscon de cortes de direitos é uma verdadeira declaração de guerra!. O Marreta não aceita os cortes de direitos; exigimos o que é nosso pois todas riquezas que são construídas saem das mãos calejadas dos operários e são usurpadas pelos patrões parasitas.

No momento do auge da construção, dos superfaturamento das obras do PAC, Copa, Olimpíadas e etc., a patronal encheu as burras de dinheiro enquanto os trabalhadores continuaram com seus salários arrochados e submetidos a péssimas condições de trabalho. Bilhões foram roubados pelas empreiteiras em conluio com os governos de turno e políticos corruptos. Exemplo disso são os R$ 51 milhões encontrados em um apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), ligado a Temer (propina da empreiteira OAS). Além disso tem a Odebrecht, Camargo Corrêa, Cowan, Andrade Gutierrez, Delta e muitas outras.

O momento é de mobilização total da categoria e da união de todos trabalhadores pela deflagração de uma Greve Geral por tempo indeterminado. Enfrentar a patronal sanguessuga, o corrupto governo Temer, os eleitoreiros que querem desviar as lutas e as cúpulas governistas e pelegas das centrais sindicais.

Preparar a Greve Geral, por tempo indeterminado!

Abaixo a contrarreforma de Temer e quadrilha!

Viva a Luta Classista e Combativa!

MARRETA – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e Região

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