Forças de Ocupação retiram-se de centro e norte de Gaza contando grandes e históricas derrotas

A Resistência Nacional Palestina já forçou unidades de reserva, de "elite" e brigadas das Forças de Ocupação a retiraram-se vergonhosamente. O Estado sionista conta suas derrotas históricas e o amo ianque tenta correr para o acudir.
Conferência de imprensa das organizações da Resistência Nacional Palestina. Foto: AP.

Forças de Ocupação retiram-se de centro e norte de Gaza contando grandes e históricas derrotas

A Resistência Nacional Palestina já forçou unidades de reserva, de "elite" e brigadas das Forças de Ocupação a retiraram-se vergonhosamente. O Estado sionista conta suas derrotas históricas e o amo ianque tenta correr para o acudir.

Em meio a novos logros da Resistência Nacional Palestina, as Forças de Ocupação do Estado sionista foram forçadas a retirarem-se de áreas no Norte e Centro da Faixa de Gaza. Esta é a primeira vez que as Forças de Ocupação se retiraram de áreas no centro de Gaza. Adicionalmente, após a morte de um oficial do pelotão das forças especiais da Unidade Shaldag ontem, a imprensa sionista revelou que mais soldados da força de “elite” da Força Aérea morreram em Gaza nesta guerra que em todas as outras combinadas.

Os soldados das Forças de Ocupação retiraram-se hoje de al-Zawaida, al-Nuseirat, al-Karama, al-Tawam, das Torres de Inteligência, de Beit Lahia, Jabalia e Beit Hanoun, bem como dos campos de refugiados de al-Maghazi e al-Bureij, no Norte e Centro de Gaza. Retiraram-se também da rua al-Rashid, na parte ocidental da Faixa de Gaza. Confrontos ocorreram na Cidade de Gaza e em Khan Younis e as perdas em vidas, veículos e soldados feridos continuam a acumular-se para o Estado sionista.

Resistência Nacional Palestina põe em cheque ‘forças de elite’ sionistas

O anúncio da morte do oficial da Unidade Shaldag foi dado pelo porta-voz das Forças de Ocupação, Daniel Hagari. A unidade de “elite” a qual ele pertencia é responsável por numerosos crimes em Gaza e no Líbano.

Uma das principais unidades especiais sionistas, os recrutas da Unidade Shaldag passam pela fase de treino mais extensa e mais longa de qualquer unidade sionista, que dura 22 meses e envolve desde de treinamento básico e avançado de infantaria até habilidades de coleta de inteligência e reconhecimento. É esperado que seus membros sejam capazes de completar missões dentro das “linhas inimigas” sem serem detectados.

A Resistência Palestina, assim, aumentou não apenas o número de soldados sionistas mortos desde que o Estado sionista lançou sua invasão terrestre. Aprofundou também, e renovou, a humilhação dos sionistas, provando que todos os bilhões de dólares ianques, as armas de última geração e os treinamentos custosos, que toda a repressão e guerra constante contra o povo não foram suficientes para quebrar e nem ao menos arranhar o espírito de luta dos palestinos. Entre as unidades e brigadas que também sofreram grandes baixas, algumas forçadas a se retirar do campo de batalha, estão a infame Brigada Golani, a Unidade Yahalom, a Unidade Egoz e a Unidade Maglan.

Imperialismo ianque treme junto de lacaios de Israel

O imperialismo ianque estremece junto aos sionistas frente à Resistência Nacional Palestina. Em documento recentemente obtido pela Lei da Liberdade de Informação, foi indicado que o USA enviou oficiais especializados em “inteligência de definição de alvos” para Israel no final de novembro. Esse grupo de oficiais teria auxiliado com informações usadas para efetuar ataques aéreos e disparar armas da artilharia de longo alcance contra Gaza durante o cerco que ainda ocorre contra o povo palestino, isto é, teria auxiliado diretamente no genocídio de civis palestinos. 

Além disso, um memorando de janeiro da Força Aérea do USA instou as tropas a estarem prontas para uma incursão por terra em apoio a Israel. Dias após o início do Dilúvio de Al-Aqsa, as Forças Armadas ianques já haviam colocado 2.000 soldados em prontidão em países vizinhos para possível apoio às Forças de Ocupação. Tudo isso não demonstra mais que o medo dos ianques frente ao povo palestino e à perspectiva da derrota de sua fortaleza no Oriente Médio Ampliado.

O temor ianque reflete-se também em suas recentes mudanças abruptas de posição quanto à farsesca “solução de dois estados”, agora proposta como opção para o fim da guerra por oficiais ianques e até mesmo por Anthony Blinken, secretário de Estado, e pelo presidente imperialista Joseph Biden. Depois de muitas bravatas, ainda, o USA é forçado a negociar um acordo de cessar-fogo, comprovando que a Resistência Nacional Palestina e os movimentos anti-imperialistas da região puseram de joelhos a potência hegemônica única.

Resistência Nacional Palestina segue firme no campo de batalha e politicamente 

Enquanto o imperialismo ianque e seus lacaios sionistas seguem encurralados, a Resistência Nacional Palestina continua atacando as Forças de Ocupação com precisão.

Diversas operações militares ocorreram hoje, incluindo: ataques com RPG contra grupos de soldados; ataques contra um quartel-general sionista e contra uma pista de pouso no assentamento “Re’im”; enfrentamentos em diversos setores de Gaza entre combatentes da Resistência Nacional Palestina e soldados e veículos das Forças de Ocupação; enfrentamentos nas proximidades do Hospital al-Amal e na área de al-Batn al-Samin em Khan Younis, repelindo soldados sionistas invasores e causando baixas; . enfrentamentos nas vizinhanças do Hospital Al-Shifa, repelindo soldados invasores e causando baixas; ataques contra instalações militares das Forças de Ocupação no eixo Tal al-Hawa, a oeste da Cidade de Gaza, e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, com uma série de morteiros de grande calibre.

A possibilidade de um acordo de cessar-fogo abrangente, ainda não confirmada, também vem sendo estudada pela Resistência Nacional Palestina em seus termos. Como afirmou Ali Baraka, chefe do Departamento de Relações Nacionais no Exterior do Hamas, ao jornal libanês al Mayadeen, “a Resistência não perdeu a batalha para que lhe fossem impostas condições”. Osama Hamdan, líder sênior do Hamas, afirmou também que “o que os ‘israelenses’ não conseguiram levar no terreno de batalha não será levado através da política” e considerou que “a maior garantia” que que qualquer acordo de cessar-fogo será honrado pelo Estado sionista é a “capacidade de responder às agressões provenientes de diversas frentes” da Resistência Nacional Palestina, rechaçando a possibilidade de depor as armas.

A batalha do Dilúvio de Al-Aqsa, iniciada no 07 de outubro de 2023, comprovou-se vitoriosa no campo de batalha e na política, apoiando-se nas massas aguerridas, resistentes e firmes de Gaza e de todo o território ocupado, em sua decisão de conquistar a libertação nacional, nas massas que não se rendem e nem aceitam rendição.

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